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Obras entregues em Icoaraci e Outeiro impulsionam mobilidade, turismo e geração de renda

Moradores dos dois distritos de Belém vivenciam outra realidade, com maior segurança e mobilidade entre a regiões insular e urbana da capital paraense

Por Angélica Corrêa (EGPA)
14/11/2025 08h30

O Terminal Hidroviário Turístico de Icoaraci, a nova Ponte e o Porto de Outeiro estão mudando a rotina de milhares de moradores, e abrindo novas oportunidades econômicas e turísticas na Região Metropolitana de Belém.

No distrito de Icoaraci, a cerca de 18 quilômetros do centro de Belém, denominação que em Tupi significa "sol do rio", a entrega do Terminal Hidroviário Turístico mudou a rotina dos moradores, que já sentem os efeitos práticos positivos dos investimentos que vão além da preparação para a COP 30, a conferência mundial sobre mudanças climáticas.

Moradora de Icoaraci há 30 anos, a diarista Helane Oliveira levou a família para uma consulta médica, oferecida em um navio ancorado no porto do distrito. "Com esse novo porto tem mais organização e segurança. Percebemos melhorias no dia a dia. Precisamos, muitas vezes, usar barco para o transporte para as ilhas próximas", conta Helane.

Estrutura - O novo Terminal Hidroviário de Icoaraci, entregue pelo Governo do Pará em outubro deste ano, dispõe de infraestrutura moderna e segura para o embarque e desembarque de passageiros. O espaço foi projetado para oferecer conforto aos moradores e turistas que chegam para conhecer o artesanato, a gastronomia e as belezas naturais da também chamada "Vila Sorriso".

Além de conhecerem a cultura original de Icoaraci, com o novo Terminal Hidroviário os visitantes têm a oportunidade de visitar a Ilhas de Cotijuba e o Arquipélago do Marajó, consolidando Icoaraci como referência cultural e destino turístico, durante e após a COP30.

O diretor-geral da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran), Luciano Dias, destaca o papel da autarquia para garantir o funcionamento do transporte, com embarcações regularizadas, cumprimento de horários e respeito aos direitos dos usuários. “A Artran acompanha de perto a operação no Terminal de Icoaraci para garantir que o transporte fluvial funcione com segurança, regularidade e, claro, conforto para os usuários. E a gente percebe que, com a melhoria da estrutura nos terminais e na travessia, o passageiro se sente mais seguro e acolhido. É um avanço importante para a mobilidade fluvial”, assegura o diretor-geral da Agência.

Ponte estaiada: marco na mobilidade - Já no Distrito de Outeiro, também pertencente a Belém, a cerca de 30 km do centro da capital, a entrega da Ponte Pastor Firmino Gouveia, em outubro deste ano, conectando Outeiro e Icoaraci, é um marco da mobilidade regional. O novo equipamento reduz o tempo de deslocamento entre os dois distritos, facilita a chegada ao centro de Belém, e abre novas janelas de oportunidades econômicas e turísticas.

O Distrito de Outeiro, conhecido como “Ilha do Amor”, é um dos destinos mais procurados na Região Metropolitana para o lazer. A ilha tem praias de água doce, culinária típica e um estilo de vida que mistura urbano e praiano. O local vive um momento de renovação com as recentes obras estruturantes entregues antes da COP30.

“Antes da entrega da ponte, eu não conseguia fazer este mesmo trajeto de casa ao supermercado por meio da bicicleta. Era de ônibus, com cerca de 45 minutos. Eu sou apaixonado por Outeiro. Essa obra é excelente, e tenho certeza que todo o povo daqui aceitou e gostou”, diz Guilherme Sá, aposentado e morador de Outeiro há cerca de 15 anos.

Nova porta da Amazônia - Outeiro também ganha um novo porto, obra executada pela Companhia Docas do Pará (CDP), em parceria com a Itaipu Binacional. O diretor-presidente da CDP, Jardel Silva, informa que o trabalho executado amplia a capacidade portuária do Pará, melhorando a logística regional.

“Em tempo recorde - seis meses - conseguimos entregar à população um porto novo, preparado para ser a nova porta da Amazônia. Entregamos um porto pronto para receber navios de cruzeiro. Receber esses dois transatlânticos marca um momento histórico para o Estado do Pará, e para o povo paraense”, ressalta Jardel Filho.