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EDUCAÇÃO

Seduc amplia programa que combate a distorção escolar de idade e ano

Por Redação - Agência PA (SECOM)
03/02/2015 17h45

A evasão, a repetência e a distorção idade/ ano escolar, popularmente conhecida como atraso escolar, são os maiores desafios da educação brasileira. Essa distorção é objeto do Projeto Mundiar, amplo programa desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que tem como proposta atender, ao longo deste ano, 40 mil estudantes da rede estadual de ensino. Em agosto de 2014, teve início a primeira entrada, com atendimento a 2.077 estudantes do ensino médio. Em março de 2015, haverá a segunda entrada do projeto, que atenderá estudantes dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

Desenvolvido pela Seduc em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o programa possibilita que cidadãos jovens que estão fora da sala de aula e também em atraso com relação ao ano escolar possam concluir os estudos na educação básica em até dois anos. Desde 2014, o Mundiar na rede estadual pública de ensino atende estudantes de 23 municípios, mas em 2015 ampliará o acesso a outros estudantes no ensino médio e iniciará atividades no ensino fundamental, atuando nos dois níveis escolares em 85 municípios. A meta é atender cerca de 13 mil alunos.

As inscrições ao Mundiar podem ser feitas no site da Seduc. Para concretizar essa proposta, ao longo desta semana 226 professores de ensino médio e profissionais de educação passam por formação específica do Mundiar na Metodologia Telessala em Belém, Marabá, Santarém e Castanhal. O programa conta com quatro módulos de atividades, e no intervalo entre eles ocorre a formação dos professores. Nos próximos dias participarão professores do Mundiar ensino fundamental.

Estímulos – A formação dos professores é acompanhada pela secretária adjunta de Ensino da Seduc, Ana Cláudia Hage, e pela diretora de Ensino Médio, Clara Yunes. Na manhã desta terça-feira (3), no pólo de formação na Escola de Governo, Clara Yunes se reuniu com a coordenadora geral de Projetos da Fundação Roberto Marinho, Tereza Farias, e a coordenadora do Programa Mundiar, Anna Zidanes. “Esse é um momento importante para a educação no Estado porque estamos dando largada a um processo mais abrangente para tornar a escola mais atraente e, assim, fazer com que os estudantes possam concluir os estudos”, afirmou Clara Yunes.

Tereza Farias observou que a distorção idade/ ano está presente em todo o sistema educacional brasileiro, e uma das causas é a necessidade de ingresso precoce do estudante no mundo do trabalho. “Essa situação atinge o próprio estudante, a escola, a família, a sociedade como um todo”, destacou. Os alunos do Mundiar conseguem, na maioria dos casos, conciliar o trabalho com aulas.

No Mundiar, segundo Anna Zidanes, serão atendidos estudantes a partir dos 13 anos de idade no ensino fundamental, com dois anos de aulas, e alunos com 17 anos no ensino médio, em cerca de um ano e meio de estudos. “A frequência dos alunos no Mundiar é boa, e eles têm demonstrado interesse em estudar. Alguns comentaram que nunca esperavam ter a chance de concluir o ensino médio antes dos 18 anos”, afirmou o professor Mozart Santos, que atua no Mundiar na Escola Estadual Aldebaro Klautau, no Tapanã.

Para a professora Dayna do Nascimento, da Escola Estadual Gerson Peres, em Breves, no Marajó, “é fundamental que a escola se mostre atraente para os alunos”.