Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SEGURANÇA

Policiamento ganha reforço na Região Metropolitana por tempo indeterminado

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/02/2019 18h39

A feirante Lílian Monteiro, de 44 anos, há 5 tem uma barraca em uma feira no bairro do Guamá. Embora tenha a sorte de nunca ter sofrido um assalto na vida, ela reconhece que as chances de algo do tipo acontecer diminuem bastante quando há policiamento à vista. "Claro que a gente se sente mais segura, né, para andar, ir pegar um ônibus. O mesmo sente quem vem comprar as coisas aqui, o movimento melhorou, a gente não vê mais aquelas pessoas suspeitas, de bicicleta", atesta. Essa maior tranquilidade que Lilian e boa parte da população já consegue sentir é fruto da operação Polícia Mais Forte, criada pelo Governo do Estado e operacionalizada pela Polícia Militar desde o dia 12 de janeiro, e que deve durar por tempo indeterminado.

Lílian reconhece ainda que a movimentação no entorno mudou sensivelmente depois que uma viatura passou a ficar de prontidão bem na esquina onde ela trabalha. Na prática, são 180 PMs a mais nas ruas e outras 60 viaturas extras atuando em todos os bairros de Belém e região metropolitana. O reforço é diário e ocorre principalmente entre 17h e 23h, período considerado crítico para assaltos, e os policiais destacados recebem pagamento de jornada operacional.

Tanto os servidores quanto os carros estavam à disposição do administrativo da corporação e, por uma decisão do governador Helder Barbalho, anunciada logo após sua posse, foram remanejados para o ostensivo a fim de garantir maior segurança.

Os resultados já começaram a aparecer nos bairros do Jurunas, Terra Firme e Guamá, que estão dentre os mais perigosos da capital: em menos de um mês, o ataque aos ônibus diminuiu em 90%, e os roubos, em geral, sofreram uma redução de 39%, segundo dados da Inteligência da Polícia Militar, levando em consideração o mesmo período do ano passado. 

O tenente coronel Jorge Araújo, comandante do 20º Batalhão da PM, que abrange os três bairros e também Cremação, Condor, Canudos e Universitário, explica que o posicionamento dos veículos é feito de forma estratégica, e que a intenção é mesmo fazer com que o cidadão se acostume em ter uma polícia mais presente.

Só na área pela qual ele responde são sete pontos em que se pode encontrar as equipes: Av. José Bonifácio com rua dos Mundurucus; Av. Bernardo Sayão com a rua Osvaldo de Caldas Brito; Av. Conselheiro Furtado com Av. Alcindo Cacela; Rua dos Mundurucus com Trav. Guerra Passos; Av. Bernardo Sayão com Trav. 9 de Janeiro; e Av. Bernardo Sayão com Av. José Bonifácio.

"O nome da operação diz, é reforço, é estarmos mais fortes no combate à criminalidade. É a pessoa estar acostumada a saber que em determinado ponto vai haver uma viatura pronta para atendê-lo", enfatiza. Todos os batalhões da corporação estão envolvidos na operação, em parceria com o Comando de Policiamento da Capital (CPC) I e II e ainda pelo Comando de Policiamento da Região Metropolitana (CPRM), sob a coordenação do Comando Geral da PM.    

Sensação de segurança - Há duas semanas Elba Corrêa, de 28 anos, começou a trabalhar distribuindo panfletos ao longo da Av. José Bonifácio. Além de se sentir mais tranquila em observar a presença de policiais e viaturas, ela entende que o próprio funcionamento da rotina do bairro muda para a melhor com a presença da PM.

"A gente vê aqui muitas pessoas de certa idade andando, carregando compras, bolsas, acho que mais por eles até é muito importante ter a polícia assim, mais disponível para ajudar e evitar assaltos", avalia.

Morador do município de Bragança, o militar da reserva Manoel Ramos Farias, de 66 anos, visita Belém com alguma frequência com a esposa para fazer consultas médicas. O número de homens fardados nas ruas chamou a atenção dele, que foi sargento da corporação.

"Acabei de comentar com minha esposa que até bem pouco tempo parecia que estava todo mundo escondido. Das outras vezes que eu vim, era difícil ver policial assim, nas paradas de ônibus, por exemplo. É bom, né? Ainda mais para quem está visitando, como eu, dá uma sensação de que se está seguro para andar pela cidade", elogiou.