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HC alerta sobre hipertensão arterial, mal que atinge 35% da população brasileira

A chamada “pressão alta” é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de quadros de infarto, entre outras complicações de saúde 

Por Marcelo Leite (COSANPA)
26/04/2021 12h28

Paciente em atendimento na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), referência para doenças renais ou cardíacasO Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, lembrado nesta segunda feira (26), foi criado, em 2002, com objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a doença que atinge atualmente cerca de 35% da população brasileira. O controle efetivo da chamada "pressão alta''  é desafiador, já que em muitos casos, os sinais e os sintomas não são evidentes.  

Em Belém, o médico cardiologista da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), Vitor Holanda, explica as múltiplas causas para o desenvolvimento da hipertensão e os riscos associados à falta de controle ou diagnóstico.

“O histórico familiar, a obesidade, sedentarismo, má alimentação e estresse são alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da hipertensão. Por ter pouco ou nenhum sintoma, não é raro que pessoas cheguem par um atendimento após algum acontecimento programado ou repentino e acabam descobrindo a doença. Em 30% dos casos, o primeiro sintoma pode ser um infarto, por isso a doença é tão preocupante’’, enfatiza o cardiologista Vitor Holanda.

Cardiologista do Hospital de Clínicas, Vitor Holanda: "Após o diagnóstico de hipertensão, é essencial seguir as recomendações médicas".  De acordo com o Ministério da Saúde, mais da metade da população hipertensa ainda não foi diagnosticada, por isso a doença é tachada como silenciosa. Ela é capaz de acometer crianças, adolescentes, adultos e idosos, a partir do estreitamento das artérias, o que resulta em um maior esforço do coração para bombear o sangue por todo organismo e depois recebê-lo de volta. 

Quando não tratada da maneira correta, a hipertensão pode causar outros danos à saúde que vão além das complicações cardiológicas ou doenças renais, para as quais o Hospital de Clínicas é referência no Pará. A doença pode ainda causar perda de visão e aneurismas nos vasos cerebrais, por isso o controle é tão importante quanto o diagnóstico. 

Além dessas complicações, em um cenário de pandemia, a hipertensão é um fator de risco para o desenvolvimento de quadros mais graves do novo coronavírus no organismo. “Sedentários, obesos e diabéticos geralmente estão associados aos fatores de risco da hipertensão e, em geral, acabam sendo mais propensos a um quadro mais grave de Covid-19’’, alerta Vitor Holanda. 

Precauções e tratamento

Quando diagnosticada, a hipertensão requer um tratamento que passa pelo controle dos números, o que pode ser feito com medicamentos recomendados por especialistas e mudanças no estilo de vida como: controle do peso, maior ingestão de líquidos e alimentação balanceada com redução no consumo de sal, principalmente aquele contido nos temperos artificiais, refrigerantes, enlatados e embutidos.

“O controle da hipertensão não é fácil. Depois do diagnóstico de hipertensão, é essencial seguir corretamente as recomendações médicas para evitar um maior comprometimento da saúde. Muitos pacientes começam a tomar a medicação indicada, melhoram o quadro e param de se medicar por achar que a doença estabilizou, mas a menos que seja uma orientação do médico, a medicação não pode ser interrompida”, complementa Vitor Holanda.