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Serviço de fonoaudiologia da Poli Metropolitana alerta sobre deficiência auditiva na infância

Início precoce do tratamento em crianças ajuda a evitar dificuldades na fase adulta

Por Luana Laboissiere (SECOM)
04/10/2022 10h41

O atraso no desenvolvimento e na fala, o uso gestual para se comunicar, a não localização das fontes sonoras e não reação aos sons, a troca de fonemas e as frequentes dores de ouvido são alguns dos sinais que indicam que pais e/ou responsáveis devem manter-se em alerta para preservar a saúde auditiva dos pequenos. O serviço de fonoaudiologia da Policlínica Metropolitana do Pará, localizada em Belém, chama atenção para o início precoce do tratamento em crianças, e assim, evitar dificuldades na fase adulta.

Segundo dados do Ministério da Saúde, os surdos constituem 3,2% da população, ou seja, hoje, são aproximadamente 5,8 milhões de brasileiros. Para quem não sabe, a surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir e pode ser causada por diversos fatores, como o acúmulo de cera de ouvido, as infecções (otite) ou a imobilização de um ou mais ossos do ouvido.

“A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, em que essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve”, explica Perla Barbosa, fonoaudióloga da Poli Metropolitana.

Alerta - A especialista alerta que, em geral, se a criança estiver se desenvolvendo bem em um ambiente, mas apresentar claras dificuldades sociais, comportamentais, linguísticas ou de aprendizagem em um espaço diferente, ela deve ser examinada em busca de sinais de deficiência auditiva. “É importante: perdas auditivas em crianças, mesmo as mais leves, ocasionam o atraso no desenvolvimento global do menor, não somente da fala”, disse.

A fonoaudióloga também destaca que para identificar os sintomas na primeira infância algumas medidas devem ser tomadas de imediato. “Toda criança deve fazer o teste da orelhinha ao nascimento, seu resultado pode auxiliar diagnóstico precoce de perda auditiva; os pais devem observar o comportamento e o desenvolvimento da criança, já o pediatra deve sinalizar aos pais os fatores de risco para as perdas auditivas”, detalha a fonoaudióloga.

Tratamento - Perla Barbosa também cita os principais tratamentos de surdez e/ou perda auditiva. “A criança pode fazer o uso de Aasi (aparelho auditivo), mais indicado, podendo ser a convencional ou a ancorada, vai depender das características da perda auditiva, somado com a habilitação auditiva”, observou. Ainda conforme a especialista, os aparelhos podem ser usados de forma mais precoce possível. “Os bebês adaptados nos primeiros meses de vida apresentam desenvolvimento muito próximo de crianças normoouvintes”, afirma.

Em Belém, a Poli Metropolitana é um dos locais para tratamento auditivo em crianças, com diagnóstico e adaptação de Aasi, e ainda existem ao menos mais três espaços que oferecem o serviço, prestado a partir da Regulação Estadual. “Na Poli, quando chega uma queixa nos ambulatórios de crianças com surdez ou perda auditiva, elas são encaminhadas para avaliação com os profissionais: fonoaudiólogos, otorrinos e pediatras, logo após, são realizadas avaliações e exames especializados; e se diagnosticadas com a perda auditiva, seguem para o programa interno de Aasi, e é acompanhada pelo especialista no período de 12 meses”, observou Perla.

Educação - Na Escola também é necessário redobrar a atenção. “É preciso sinalizar aos profissionais da escola as dificuldades e maneiras de lidar com as crianças. Elas devem sentar-se à frente, além de serem estimuladas à oralização e a participação nas atividades”, acrescentou.  

Serviço - Os serviços na fonoaudiologia da Poli são feitos através da Regulação Estadual. A diretora executiva da Poli Metropolitana, Liliam Gomes, ressalta que na unidade são frequentes as queixas de patologias como as perdas auditivas em adultos e idosos, como a presbiacusia; a perda auditiva pós-covid e a perda auditiva decorrente de exposição a ruído ocupacional. “Em crianças, a queixa mais recorrente é a perda auditiva congênita ou por otite de repetição. Além dessas doenças, as alterações de linguagem, fala, sequelas motoras e cognitivas oriundas de lesões cerebrais também são vistas nos consultórios da unidade”, comentou a gestora. 

Texto: Roberta Paraense/Ascom Policlínica Metropolitana do Pará