Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
PREVENÇÃO

Secretaria de Saúde Pública promove ações de combate ao mosquito da dengue

Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue será marcado por uma ação no Parque do Utinga, a partir das 7h do próximo sábado (19)

Por Melina Marcelino (SESPA)
17/11/2022 12h08

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) vai promover na manhã do próximo sábado (19), o Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue, atividades de conscientização, orientação, visitação e panfletagem. A ação será realizada a partir das 7h no Parque do Utinga, em Belém. 

O Dia Nacional de Combate ao Mosquito da Dengue faz um alerta para a luta contra o mosquito Aedes aegypti, e é fundamental a participação da população paraense neste momento em que começa o inverno amazônico. A data, que é lembrada no penúltimo sábado de novembro, foi oficializada pela Lei Nº 12.235, de 19 de maio de 2010, com o objetivo de mobilizar iniciativas do Poder Público e a participação da população para a realização de ações destinadas ao combate ao vetor da doença. 

Segundo a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, a população continua sendo fundamental na luta contra o mosquito Aedes aegypti. “O mosquito Aedes aegypti, atualmente responsável pela transmissão da dengue, chikungunya, zika vírus, costuma se reproduzir mais intensamente nesse período. A prevenção deve ser a principal arma da sociedade e a principal ação para prevenção dessas doenças é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação” alertou.

O alerta também se faz necessário porque, de acordo com o 10º Informe Epidemiológico sobre Dengue, Chikungunya e Zika, divulgado no último dia 07 de novembro, pela Sespa, de 1º de janeiro a 04 de novembro de 2022, foram confirmados 4.060 casos de dengue no Pará, representando um aumento de 58,90% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram confirmados 2.555 casos da doença. 

Os cinco municípios com mais casos confirmados são Parauapebas (1126), Conceição do Araguaia (423), Santarém (327), Canaã dos Carajás (249) e Belém (193).

Chikungunya e zika - Quanto à febre de chikungunya, o Informe Epidemiológico aponta o registro de 83 casos confirmados, correspondendo a uma redução de 22,42% em relação ao mesmo período de 2021 quando ocorreram 107 casos da doença. Os municípios com mais ocorrências são Santarém (35), Belém (10), Castanhal (07), Parauapebas (05) e Afuá (04) casos.

Em relação à febre de zika vírus, o Pará registrou 38 casos confirmados, correspondendo a um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2021 com 27 casos confirmados da doença. Os municípios com mais casos confirmados são Santarém (28), Afuá (8) e Placas (01) casos.

Ações da Sespa - De acordo com Aline Carneiro, a Sespa, por meio do Departamento de Controle de Endemias e Coordenação Estadual de Arboviroses, trabalha em conjunto com os municípios oferecendo assessoria técnica, capacitação de profissionais e repasse de insumos quando necessário. No dia D, o Dia Nacional de Combate ao Mosquito, sábado (19), o Estado e os municípios de Belém e Ananindeua vão reunir uma equipe de 50 pessoas no Parque do Utinga.

“Vamos realizar atividades de conscientização, orientação, visitação, panfletagem, divulgação do combate ao vetor e sintomas relacionados aos agravos. Também faremos brincadeiras educativas, entrega de brindes e identificação entomológica”, explica a coordenadora.

Capacitação - O Departamento de Controle de Endemias e a Coordenação Estadual de Arboviroses também realizaram na manhã desta quinta-feira (17), na Escola Técnica do SUS, uma capacitação para técnicos das secretarias de saúde municipais sobre a utilização do inseticida Fludora Fusion, atualmente preconizado pelo Ministério da Saúde, para as atividades de controle químico residual de populações adultas de Aedes aegypti. O produto deve ser utilizado em áreas abertas como praças, cemitérios e terrenos abandonados.

Segundo Fábio Magro, técnico da empresa Bayer, produtora do químico, “as atividades de vigilância nesses locais devem ser realizadas com periodicidade quinzenal, incluindo nestas visitas o tratamento direcionado sempre que detectada a presença de focos ou criadouros não passíveis de remoção. A aplicação residual deve ser realizada a cada dois meses, observando-se o período de residualidade do produto e sendo realizadas atividades de avaliação e monitoramento periódicos para se verificar a eficácia da atividade”.

Sinais e sintomas – As manifestações clínicas da dengue, chikungunya e zika são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve. 

A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos. 

Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.

Aline Carneiro ressaltou que as Secretarias Municipais de Saúde precisam notificar à Coordenação Estadual de Arboviroses em até 24 horas os casos graves e óbitos por dengue, chikungunya e zika. 

Medidas preventivas - Quanto à população, ela orienta que não se automedique frente ao aparecimento de sintomas, que procure a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e mantenha os seguintes cuidados no seu domicílio:

• Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados; 
• Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; 
• Não deixar água acumulada sobre a laje; 
• Manter garrafas com boca virada para baixo; 
• Acondicionar pneus em locais cobertos; 
• Proteger ralos sem tampa com telas finas;
• Manter as fossas vedadas;
• Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana;
• Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.

Para solicitar orientações e denunciar a existência de possíveis criadouros de mosquitos, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde do seu município.

Texto: Melina Marcelino com informações de Roberta Vilanova