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NOVA HISTÓRIA

Servidores enfatizam mudanças nos 23 anos do Presídio Estadual Metropolitano I

De uma realidade pautada pela violência e desordem, o PEM I hoje celebra os resultados de uma nova gestão, após a criação da Seap

Por Caroline Rocha (SEAP)
02/03/2023 19h36

Nos últimos quatro anos, o Presídio Estadual Metropolitano I, em Marituba, município da Região Metropolitana de Belém, começou a vivenciar um período de transformação significativo na história do sistema penitenciário do Pará. De um local que ganhou espaço na mídia devido à desordem e a uma série de violações das leis penais, a unidade hoje trilha um novo caminho, visando se tornar um modelo para todo o sistema.

Com 23 anos de existência, completados em 1º de fevereiro deste ano, o PEM I é referência para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que promoveu um evento para marcar a mudança no espaço e valorizar o trabalho de servidores que fazem parte da história da unidade prisional, construída após a desativação do Presídio São José, no centro de Belém.A partir de 2019, o governo do Estado começou a restabelecer a ordem no Presídio Metropolitano I

A trajetória do Presídio Metropolitano I - hoje parte de um complexo com o PEM II e PEM III - foi mostrada em um vídeo, que aborda desde as rebeliões, motins e fugas constantes registradas pela imprensa durante vários anos, até o cenário atual, com os resultados obtidos pela nova gestão a partir de investimentos em ressocialização dos internos, após a criação da Seap pelo governo estadual. 

Conflitos e ordem - Entre os anos 2000 e 2019, no PEM I houve tentativas de resgate de custodiados, fugas, motins, assassinatos e rebeliões, com servidores sendo feitos reféns. A falta de controle na unidade foi escancarada em um vídeo mostrando presos fazendo festa, com música e churrasco. Fato que faz parte da história, mas que ficou no passado.

Na programação pelos 23 anos do Presídio, após a exibição do vídeo foram entregues certificados de reconhecimento aos servidores que se destacaram em 2022, e àqueles com mais tempo de serviço.

Com 26 anos de trabalho no sistema penitenciário paraense, o agente prisional Cleber Gomes de Souza, 68 anos, atua há 20 anos no PEM I. Hoje, ele é um dos poucos servidores que acompanharam as mudanças na unidade, desde o período mais crítico. Com toda essa experiência, Cleber foi um dos três servidores homenageados na solenidade, ao lado de Tânia Regime Reis, com 21 anos de serviço no PEM I, e Eliude Silva de Souza, 23 anos de trabalho. Todos receberam certificados pela contribuição ao sistema penitenciário do Pará.

Aos colegas e demais presentes, Cleber de Souza disse que, no início, não acreditava em mudanças diante de tudo o que presenciou no Presídio Metropolitano. Mas, com as novas diretrizes sendo implementadas, se convenceu de que era possível uma nova realidade. “Melhorou muito. As dificuldades que nós passamos, superamos, e hoje em dia melhorou bastante. A segurança, o apoio da Seap, do quadro funcional, tudo melhorou. Só tenho a agradecer o que conquistei aqui”, disse o agente prisional.

Novo olhar - O diretor do PEM I, Geraldo Gomes, lembrou que a transformação começou após a posse do governador Helder Barbalho em 2019, instalando um governo que trouxe um novo olhar para o sistema penitenciário ao promover concursos públicos para contratação de policiais penais, aumentando o efetivo, e promovendo intervenções nas unidades penais, a fim de restabelecer a ordem no cárcere.

Geraldo Gomes assumiu a direção do PEM I há três meses, mas participou da intervenção em 2019. Na época, disse ele, foram encontrados nas celas ventiladores, estoques, celulares, drogas e muitos outros objetos ilícitos, aos quais os internos tinham acesso. “Retomamos o controle das mãos da criminalidade, e desde então a gente vem observando a rotina do PEM I, que outrora era a mais complexa da Região Metropolitana. Hoje, vemos um ambiente salutar, harmonioso, que atende à Lei de Execuções Penais, graças às mãos de todos, iniciada na gestão do governador Helder Barbalho”, destacou o diretor.

Texto: Márcio Souza/Ascom Seap