Secult promove reunião e cria GT para regulamentação do audiovisual paraense
Grupo de Trabalho é formado por agentes culturais, e tem a missão de analisar elaborar diretrizes para uma política abrangente para o setor

A Secretaria de Cultura do Pará (Secult) promoveu uma reunião para debater a implementação da Lei Estadual Milton Mendonça, que regulamenta o setor audiovisual paraense. O encontro, na quarta-feira (30), aconteceu de forma virtual com a participação de cerca de 80 pessoas.
Entre os principais encaminhamentos, foi decidida a criação de um Grupo de Trabalho (GT), composto por agentes culturais com experiência nos vários elos da cadeia produtiva do audiovisual. O trabalho voluntário vai analisar elaborar diretrizes para uma política abrangente do setor no Pará.
“A partir de agora esse grupo de trabalho vai começar um trabalho árduo, uma atividade de estudo intenso, reuniões, tudo para que a gente consiga implementar a Lei Milton Mendonça de forma democrática e eficiente, que alcance toda essa cadeia imensa que o audiovisual movimenta. E a Secult vai acompanhar isso de perto, garantir que o GT tenha todo apoio necessário”, afirma a secretária estadual de Cultura, Ursula Vidal.
“A Milton Mendonça é uma lei que deve atender à demanda do mercado paraense. A regulamentação dessa lei vai criar as diretrizes para seu funcionamento, visando proporcionar o crescimento e o fomento do mercado audiovisual paraense. Esse encontro foi essencial para que a gente possa definir os próximos passos, montamos um novo grupo de trabalho de pessoas que vão se dedicar a estudar a cadeia produtiva do audiovisual, a legislação, tudo com o objetivo de implementar a lei de forma que atenda aos nossos fazedores de cultura”, diz a atual diretora do Museu e da Imagem e do Som (MIS), Indaiá Freire, que vai coordenar o GT.
O produtor audiovisual Gustavo Godinho avalia o encontro de forma positiva. “Acho que foi super oportuno o momento de chamar para essa conversa sobre os próximos passos da lei, uma vez que ela tinha sido paralisada, por vários motivos. Existia a demanda de trazer à tona de novo a discussão e agora a gente está indo para um bom caminho”, conta.
“A discussão é técnica, então o tempo que exige um processo como esse não é curto, mas eu acredito que se essa lei for implementada no tempo oportuno, necessário, vai ser uma mudança grande no audiovisual do Pará, na cultura do Pará como um todo. Acho que vai ser realmente uma mudança que ninguém conseguia imaginar uma década atrás, ou até menos do que isso”, conclui Godinho.
De acordo com a Secult, a Lei é um marco importante para a cultura paraense como afirmação de identidade cultural e valorização, assim como instrumento de política pública de fomento e geração de emprego e renda. Sancionada pelo governador Helder Barbalho, a Lei é uma proposição do deputado estadual Carlos Bordalo (PT), que trata sobre a promoção, fomento e incentivo ao audiovisual no âmbito do Pará.
Texto de Juliana Amaral / Ascom Secult