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Nova Estação de Alevinagem de Terra Alta já gera benefícios para piscicultores

Estado executou a reconstrução e unidade ganhou a ampliação de laboratórios e está mais moderna para o fomento da atividade econômica com pescado

Por Rose Barbosa (SEDAP)
14/05/2025 11h53
Com os investimentos da Sedap, os resultados positivos são evidentes: a aquicultura no Pará cresceu 35% nos últimos dois anos

Um maior dinamismo na produção e o crescimento de 35% da aquicultura do Pará, nos últimos dois anos, são alguns dos resultados já registrados com a reconstrução da Estação de Reprodução e Alevinagem Orion Nina Ribeiro, instalada na Unidade Agropecuária de Terra Alta (Uagro), no nordeste do Pará.

Após mais de 40 anos de existência, foi a primeira vez que o espaço passou por uma reconstrução. Administrada pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a Uagro tem como principal objetivo apoiar a produção local, principalmente no nordeste do Pará, e fornecer insumos às comunidades. 

Estação de Alevinagem tem, entre outros espaços, 6 piscinas, de 80 de largura por três de comprimento, para criação de peixes

Neste mês, como parte dos resultados do trabalho realizado na estação Nina Orion Ribeiro, foram distribuídos 150 mil alevinos para cinco municípios, beneficiando quase 100 piscicultores. A ação foi acompanhada também pela equipe da Regional da Sedap de Castanhal, cuja área de abrangência inclui também o município de Terra Alta. 

A Uagro necessitava de readequação às novas tecnologias e instalações mais funcionais, como explicou o coordenador de aquicultura da Sedap, engenheiro de pesca, Alan Pragana. Os laboratórios existentes foram modernizados além de ter sido instalado um novo para reprodução de peixes tropicais.

Em Terra Alta, a Estação de Alevinagem recebeu novos equipamentos utilizados para a produção de peixes

A unidade ganhou a instalação de modernos equipamentos. Construção de 15 viveiros edificados em terra para manutenção e recria de alevinos de peixes tropicais também fizeram parte das obras. Também houve a reconstrução dos tanques de concreto, possibilitando os trabalhos de pesquisa na Estação. 

“Isso resultou em um dinamismo maior de produção e também em melhores condições para capacitação de estudantes, de corpo técnico e de quem mais tiver interesse; inclusive nós já recebemos comitiva do Estado do Amapá para aprender conosco, trocarmos experiência sobre essa reestruturação que foi feita aqui”, observou Pragana.

Alojamento instalado na Unidade Agropecuária de Terra Alta (Uagro), no nordeste do Pará. Espaço recebe pesquisadores.

Compromisso - As obras na Uagro, em especial na Estação de Alevinagem, foram compromissos  do governador Helder Barbalho, que logo no início do seu primeiro ano de governo, visitou o espaço e constatou a situação de abandono em que se encontrava naquele momento. O chefe do executivo assinou uma Ordem de Serviço, em fevereiro de 2022, para a reconstrução da Estação Orion Nina Ribeiro.

Na ocasião, o governador destacou a necessidade do investimento em estruturas funcionais que contribuem para o desenvolvimento econômico, e se mostrou satisfeito de, mais uma vez, como governador do Estado, valorizar a vocação natural dos municípios.

“O governador já foi ministro da pesca e da aquicultura e tinha esse compromisso de dar andamento às estações de aquicultura – tanto aqui, com essa reestruturação - quanto a de Santarém (no Baixo Amazonas) que já foi reconstruída. Elas já estão com novas tecnologias e aptas a cultivar mais espécies; cada vez mais procuramos melhorar” destacou o coordenador de aquicultura, da Sedap, engenheiro de pesca, Alan Pragana. 

Os resultados dos investimentos nas melhorias levadas à Uagro são evidentes. “O Pará, nos últimos dois anos, cresceu 35% na produção aquícola estadual, também fruto dessas benesses que foram construídas pelo Governo do Estado”, ressaltou Alan.

Parcerias - O secretário de desenvolvimento agropecuário, Giovanni Queiroz, que visitou a Uagro, na última semana, e conferiu mais uma vez de perto o resultado do trabalho de reestruturação. Ele anunciou os planos para dinamizar mais ainda o espaço e a necessidade de manutenção dos trabalhos, como por exemplo, a roçagem do mato e manutenção das espécies frutíferas. 

Panorâmica da Unidade que abriga a Estação de Alevinagem e incentiva a atividade pesqueira no nordeste do Pará

“Nós temos vários tanques aqui, um laboratório perfeito de reprodução e já estamos planejando trabalhar a produção em parceria com a Prefeitura de Terra Alta, para estimular mais ainda a produção de alevinos; estamos cedendo um espaço à secretaria de agricultura do município, vamos fazer também uma parceria para a  ocupação dos tanques de piscicultura,  a prefeitura poderia tocar até  para produção da alimentação escolar”, previu. 

Em parceria com instituições de ensino superior, segundo informou o gestor, a Sedap pretende instalar 10 arranjos produtivos para servir de modelo à capacitação de estudantes. “Nós temos uma área grande aqui e podemos trabalhar desde a galinha caipira, o frango de corte ou o peixe como já temos aqui, nós queremos ampliar ainda mais: porque não o gado leiteiro? Ou o açaí irrigado com cuidado e o cacau com o capricho que tem para produzir três ou quatro mil quilos por hectare”,  projeta o gestor da Sedap. 

Sobre a Uagro - A Uagro de Terra Alta, de acordo com as informações do responsável técnico, Márcio Macedo, que é engenheiro de pesca, tem 225 hectares. Além de abrigar a estação de reprodução de alevinos, a Uagro tem um hectare de banco de sementes, e desenvolve ações na área agrícola, produzindo mudas principalmente de espécies frutíferas, para atender a demanda de agricultores, entre as quais, o açaí. 

A Estação de Alevinagem conta com seis piscinas para distribuição de alevinos no tamanho de 80 de largura por três de comprimento. Todas elas passaram por pintura e limpeza. O espaço ganhou um laboratório novo para a produção de alevinos, ganhou, ainda, a ampliação de oito para 12 incubadoras. Além da ampliação dos viveiros, foi feita a reconstrução do telhado do alojamento instalado na Uagro (Pousada Tucunaré) e da casa do administrador. Houve ainda o trabalho de reforma elétrica e de urbanização. 

Com a reconstrução, a estação tem a capacidade de produzir 20 milhões de pós-larvas por ano, realizar análise de água para pequenos produtores e identificar parasitas de peixes destinados à aquicultura e a aquariofilia. A nova estrutura também possibilita a reprodução de espécies carnívoras.

A obra também envolveu o prédio de limnologia (estudo científico dos ambientes aquáticos de água doce) para construção de unidade administrativa e do laboratório de limnologia e sanidade.