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Ophir Loyola celebra a força da enfermagem na Amazônia durante evento científico

Profissionais são essenciais para a excelência da assistência prestada aos pacientes de múltiplas especialidades

Por Leila Cruz (HOL)
21/05/2025 15h14

O Hospital Ophir Loyola (HOL)  promoveu, nesta terça-feira (20), um evento em alusão à Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn), que destacou o papel essencial dos profissionais da área no cuidado com a saúde na região. Com o tema “A Força da Enfermagem na Saúde da Amazônia”, o encontro reuniu técnicos, enfermeiros e especialistas para debater os desafios e as potencialidades do trabalho de enfermagem em um território marcado pela diversidade geográfica, social e cultural.

A proposta do evento foi chamar a atenção para o papel atual e futuro desta categoria profissional na promoção da saúde planetária, com foco nos aspectos físicos e mentais da população. Compuseram a mesa de abertura o diretor-geral do HOL, Heraldo Pedreira; o diretor de Ensino e Pesquisa, Erick Pedreira; Alan Costa, representando o diretor clínico, Maria de Belém sozinho, representando a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn-PA), Alan Portal, representando o presidente do Conselho Regional de Enfermagem(Coren-PA) e Maiara Lourido, representante do Centro de Suporte de Enfermagem (CSE) do hospital.

A programação foi realizada por meio de rodas de conversas, mesas-redondas e palestras para abordar  temas como “Metodologias Ativas de Ensino na Preceptoria”, “Programas de Desenvolvimento do SU - Proadi-Sus no HOL”, “Os Nexos entre Saúde, Clima e Segurança” e  “Saúde Planetária; Desafios e atuação Crítica da  Enfermagem”. E também contou com um momento lúdico com apresentação de dança, música e promoção de brincadeiras para os presentes.

O enfermeiro Msc. Adams Silva abordou sobre a complexidade da atuação dos profissionais, ao destacar as desigualdades e carências enfrentadas na região

O enfermeiro Msc., Adams Silva, abordou sobre a complexidade da atuação dos profissionais, ao destacar as desigualdades e carências enfrentadas na região. Segundo ele, além da escassez global de profissionais de enfermagem, estimada pela Organização Mundial de Saúde (OMS)  em cerca de 5 milhões de enfermeiros em déficit, a Amazônia encara desafios adicionais, como o difícil acesso geográfico e a concentração da formação profissional  em alguns polos educacionais.

Diante do contexto estratégico da região Norte, o especialista destacou a importância de compreender o panorama educacional e a qualificação dos trabalhadores da saúde, especialmente da enfermagem. Segundo Adams, Belém e Manaus surgem como os principais polos formadores, abrigando instituições como a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Universidade Federal do Pará (Ufpa), além da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

“Essas instituições desempenham papel central na formação dos profissionais de enfermagem que atuam em uma região com características socioculturais e econômicas muito distintas das demais regiões brasileiras. Enquanto o Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentam perfis mais industrializados e urbanos, o Norte demanda um cuidado voltado para populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e comunidades rurais, exigindo dos profissionais de saúde uma compreensão mais profunda das dinâmicas locais. E o Hospital Ophir Loyola muito tem colaborado enquanto  Hospital-Escola”, afirmou.

Conforme Silva, a qualificação da enfermagem na Amazônia vai além da técnica, exige uma imersão no capital cultural e social da região. “A leitura socioeconômica do perfil dos pacientes é parte fundamental da prática profissional, reforçando a necessidade de uma formação sensível às realidades amazônicas. A força da enfermagem nesse contexto está diretamente ligada à capacidade de adaptação, empatia e compreensão das múltiplas identidades que compõem o tecido social da região”, ressaltou.

A técnica de enfermagem Tatiana Alves trouxe uma contribuição ao compartilhar a trajetória profissional na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital

Entre os participantes, a técnica de enfermagem Tatiana Alves trouxe uma contribuição ao compartilhar a trajetória profissional na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ophir Loyola, construída ao longo de 26 anos de dedicação. “Recebi com grande honra o convite para representar os técnicos de enfermagem e abordar os desafios que enfrentamos diariamente na UTI. Refletimos sobre como podemos oferecer um cuidado cada vez mais qualificado aos nossos pacientes e também sobre  como a troca de experiências é essencial para o aprimoramento contínuo do nosso trabalho em um hospital que se destaca pelo atendimento de alta complexidade em múltiplas especialidades”, destacou Tatiana.

Para a enfermeira Maiara Lourido do CSE, celebrar a Semana de Enfermagem é reconhecer a força, a dedicação e o compromisso de cada profissional que atua na linha de frente do cuidado

Para a enfermeira Maiara Lourido do CSE, celebrar a Semana de Enfermagem é reconhecer a força, a dedicação e o compromisso de cada profissional que atua na linha de frente do cuidado. “No Hospital, contamos com um time composto por 588 técnicos, 67 auxiliares e 177 enfermeiros — profissionais essenciais para a excelência da assistência prestada aos nossos pacientes. A Semana de Enfermagem é um momento de valorização, reflexão e fortalecimento da nossa missão enquanto cuidadores. É também uma oportunidade de promover conhecimento, integração e reconhecimento de cada história que constrói, diariamente, a qualidade do atendimento em uma instituição como o HOL”, afirmou.