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Cine Líbero Luxardo recebe mostra retrospectiva em homenagem ao diretor Italiano Federico Fellini nesta quinta-feira (22).

Os filmes selecionados estarão em cartaz até a próxima quarta-feira (28). A programação da semana ainda conta com mais sessões do filme “Manas”, dirigido por Mariana Brennand.

Por Aycha Nunes (FCP)
22/05/2025 17h43

O Cine Líbero Luxardo exibe, a partir desta quinta-feira (22), mostra de filmes em homenagem ao diretor italiano Federico Fellini. A programação especial segue até a próxima quarta-feira (28) e conta com os principais filmes do cineasta. 

Ícone do cinema, Fellini nasceu em 20 de janeiro de 1920 em Emilia-Romagna, Itália. Era autor e diretor e foi conhecido pelo seu trabalho em 8 1⁄2 (1963), A Estrada da Vida (1954) e Noites de Cabíria (1957). 

Fellini rapidamente ganhou reconhecimento internacional com seus filmes inovadores e visualmente deslumbrantes, que combinavam realismo e fantasia de maneiras inesperadas. 
O diretor italiano recebeu um total de 12 indicações ao Oscar durante sua carreira, vencendo quatro vezes na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Os filmes premiados - e os anos do prêmio - foram "A Estrada da Vida" (1957), "Noites de Cabíria" (1957), "8½" (1963) e "Amarcord" (1974).

Além disso, Fellini foi homenageado com o Oscar Honorário em 1993, ano de sua morte, em reconhecimento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pela sua contribuição para a arte do cinema.

Confira os filmes que estarão em cartaz na Retrospectiva Fellini:

“Os Boas Vidas”

O filme foi indicado ao Oscar de 1959 na categoria de “Melhor Roteiro Original” além de ter recebido o Leão de Prata por “Melhor Diretor” e o Leão de Ouro por “Melhor Filme” no Festival de Veneza. 

O filme se passa em uma pequena cidade da Itália onde Moraldo, Alberto, Fausto, Leopoldo e Riccardo são cinco típicos “boas-vidas” (vitelloni): jovens desocupados de
famílias abastadas, que desfrutam uma vida boêmia e vazia de perspectivas.

“A Doce Vida”

O filme venceu o Oscar de “Melhor Figurino” e foi indicado nas categorias de "Melhor Diretor", "Melhor Roteiro Original" e "Melhor Direção de Arte - preto e branco" na edição de  1962 da premiação. Recebeu também uma Palma de Oura no Festival de Cannes de 1960. 

Ambientado na Roma, no início dos anos 60. O jornalista Marcello (Marcello Mastroianni) vive
entre as celebridades, ricos e fotógrafos que lotam a badalada Via Veneto.
Neste mundo marcado pelas aparências e por um vazio existencial, frequenta
festas, conhece os tipos mais extravagantes e descobre um novo sentido
para a vida.

“8 ½”

“Oito e Meio” ganhou o Oscar de melhor filme de língua estrangeira e de melhor figurino (em preto e branco). O filme foi sétimo colocado na lista da BBC de 2018 dos 100 maiores filmes de língua estrangeira votados por 209 críticos de cinema de 43 países.

Prestes a rodar sua próxima obra, o cineasta Guido Anselmi (Marcello Mastroianni) ainda não tem ideia de como será o filme. Mergulhado em uma crise existencial e pressionado pelo produtor, pela mulher, pela amante e pelos amigos, ele se interna em uma estação de águas e passa a misturar o passado com o presente, ficção com realidade.

“Julieta dos Espíritos”

O filme ganhou um Globo de Oura de "Melhor Filme Estrangeiro" e foi indicado a dois Oscars - "Melhor Figurino" e "Melhor Direção de Arte' - ambos em 1969. 

No filme, Julieta (Giulietta Masina) é casada com um profissional bem-sucedido que vê seu mundo desmoronar quando descobre que seu marido mantém uma relação extra-conjugal. Após tamanho impacto, Julieta passa a viver experiências de contatos com espíritos. O choque de percepção da personagem é magistralmente transferido ao espectador que já não percebe, no enredo, o que é real ou imaginário.

“A Voz da Lua”

"La voce della Luna" ("A Voz da Lua") é o último filme do diretor italiano que contém sua característica atmosfera de sonho e fantasia.  No filme conhecemos o lunático Salvini, que observa o mundo de maneira diferente, procurando sempre
achar o seu lado poético e agindo como se a lua o guiasse. 

Dobradinha de “Manas”:

Após estreia na 81ª edição do Festival de Cinema de Veneza, onde ganhou o Prêmio de “Melhor Direção”, o filme “Manas” já conquistou 20 prêmios em festivais ao redor do mundo. A ideia do longa surgiu após uma conversa da diretora com a cantora paraense Fafá de Belém e contou com uma rigorosa pesquisa, que durou cerca de 10 anos, para ser produzida. 

A obra retrata com sensibilidade a realidade de abuso sexual vivida por mulheres na região do Marajó, no Pará. A história acompanha, Marcielle (Jamilli Correa), uma jovem de apenas 13 anos inserida em um meio repleto de violências e abusos com o seu pai, Marcílio (Rômulo Braga), sua mãe, Danielle (Fátima Macedo), e três irmãos. O filme ainda conta com a participação de Dira Paes, que interpreta a delegada Aretha. 

O longa se desenvolve quando Marcielle, agora mais experiente com a vida, começa a ter uma percepção diferente em relação às suas idealizações. Ela entendeu que as mesmas estão presas em um ambiente marcado por dor e sofrimento. Preocupada com a irmã mais nova e ciente de que o futuro não lhe reserva muitas opções, ela decide confrontar a engrenagem violenta que rege a sua família e as mulheres da sua comunidade.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

22/05
15h: MANAS
17h: OS BOAS VIDAS
19h: A DOCE VIDA

23/05
15h: MANAS
17h: JULIETA DOS ESPÍRITOS
19h30: 8 ½

24/05
15h: OS BOAS VIDAS
17h: MANAS
19h: A DOCE VIDA

25/05
15h: A VOZ DA LUA
17h15: MANAS
19h20: 8 ½

26/05
14h50: MANAS
16h50: A VOZ DA LUA
19h: JANELAS: RAZÕES AFRICANAS, 1h43

27/05
15h: A DOCE VIDA
18h10: OS BOAS VIDAS
20h10: MANAS

28/05
15h: JULIETA DOS ESPÍRITOS
17h30: 8 ½
20h05: MANAS

Serviço:

Cine Líbero Luxardo 

Local: Avenida Gentil Bittencourt, nº 650, Bairro Nazaré - Belém.
Inteira: R$ 12,00 | Meia: R$ 6,00      
Pagamento apenas em dinheiro.
A bilheteria abre uma hora antes das sessões. Lotação: 98 lugares.
Não é permitido o consumo de alimentos e bebidas na sala de exibição.

Texto de Mauricio Carvalho/Ascom FCP