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Policlínica Metropolitana alerta para riscos do glaucoma, doença silenciosa que pode cegar

Unidade atua na atenção ambulatorial especializada, oferecendo consultas, exames e o acompanhamento inicial para pacientes com doenças oftalmológicas  

Por Ascom (Governo do Pará)
26/05/2025 10h27

A Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, reforça a importância do diagnóstico precoce e da prevenção do glaucoma, uma das principais causas de cegueira no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2% da população brasileira acima dos 40 anos pode ser afetada pela doença, cujo avanço é silencioso e progressivo.
 
O oftalmologista Pedro Lins, que atua na Policlínica, explica que o glaucoma é uma doença degenerativa do nervo óptico, estrutura responsável por transmitir ao cérebro as imagens captadas pelos olhos. "O aumento da pressão intraocular danifica as fibras do nervo óptico, levando à perda progressiva da visão", alerta o profissional.
 
De acordo com o especialista, a evolução do glaucoma é, na maioria das vezes, silenciosa.  "O paciente não sente dor e não percebe os primeiros sinais. Quando os sintomas são evidentes, geralmente a perda visual já é significativa e irreversível", acrescenta Lins.
 
O profissional explicou que há diferentes tipos de glaucoma. O mais comum é o primário de ângulo aberto, de evolução lenta e silenciosa. Já o glaucoma de ângulo fechado costuma se manifestar de forma súbita, com sintomas como dor intensa, vermelhidão nos olhos, visão embaçada e, em alguns casos, náuseas.
 
"Há ainda tipos mais raros, como o glaucoma congênito, que surge nos primeiros meses ou anos de vida e, geralmente, se manifesta por olhos muito grandes, lacrimejamento constante e sensibilidade à luz", destacou o oftalmologista.
 
Quem deve se prevenir?
 
O médico Pedro Lins explica que o glaucoma pode afetar qualquer pessoa, mas alguns grupos têm risco maior, como indivíduos acima de 40 anos, diabéticos, pessoas com histórico familiar da doença, e quem tem pressão intraocular elevada.
 
"Pessoas sem fatores de risco devem realizar consultas oftalmológicas de rotina a cada dois anos. Já quem tem histórico familiar, idade avançada ou outras condições associadas precisa ser avaliado anualmente ou conforme orientação médica", recomenda Pedro.  
 
Diagnóstico e tratamento
 
O diagnóstico do glaucoma é feito pela medição da pressão intraocular, avaliação do nervo óptico e realização de exames de imagem, como a tomografia de coerência óptica, que permite visualizar as estruturas internas do olho com alta precisão. "O grande desafio é que o paciente geralmente não percebe os sinais iniciais. Por isso, o acompanhamento regular com o oftalmologista é essencial", reforça Pedro.
 
Embora não tenha cura, a doença pode ser controlada se detectada precocemente. "O tratamento visa basicamente controlar a pressão intraocular, para evitar a progressão do dano no nervo óptico", esclarece o especialista. As opções incluem o uso contínuo de colírios, procedimentos a laser e, em casos mais avançados, cirurgias.
 
A importância do cuidado contínuo
 
Pedro Lins faz um alerta para os riscos do não tratamento. "O glaucoma é uma doença que rouba a visão de forma lenta e irreversível. O paciente começa perdendo a visão lateral e, se a pressão intraocular não for controlada, pode evoluir para a perda da visão central, levando à cegueira total", pontua.
 
Por isso, a orientação do especialista é clara, sendo a melhor forma de combater o glaucoma é através da prevenção, com consultas regulares ao oftalmologista, especialmente para quem pertence aos grupos de risco.
 
Referência
 
A Policlínica Metropolitana atua na atenção ambulatorial especializada, oferecendo consultas, exames e acompanhamento inicial de pacientes com glaucoma e outras doenças oftalmológicas. A unidade realiza diagnóstico preciso e inicia o tratamento, quando indicado. Nos casos que demandam acompanhamento de alta complexidade, como cirurgias, o paciente é devidamente encaminhado para um serviço de referência na rede estadual de saúde, garantindo a continuidade do cuidado.
 
Como acessar os serviços
 
O primeiro atendimento na unidade é realizado por meio da regulação estadual. Após esse primeiro contato, os retornos e exames podem ser agendados diretamente pela Central de Relacionamento, via WhatsApp Business pelo número (91) 98521-5110, ou pelo e-mail [email protected].
 
Para o atendimento, é necessário apresentar: documento oficial com foto (RG preferencialmente); CPF; Cartão SUS; Comprovante de residência (originais e cópias). No caso de crianças, deve-se apresentar a certidão de nascimento e os documentos do responsável legal.