Fórum anuncia plataforma de monitoramento do Plano Estadual de Bioeconomia
Ferramenta digital pioneira vai permitir atualizações em tempo real sobre a implementação das ações estratégicas na área
O Fórum Paraense de Mudanças e Adaptações Climáticas (FPMAC), realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará (Semas), foi encerrado na quarta-feira (11), com a apresentação da plataforma de monitoramento do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio). A ferramenta digital permite que as diferentes secretarias insiram mensalmente as informações de suas ações, viabilizando o acompanhamento de sua execução e disponibilizando o volume de recursos, número de pessoas atendidas e muitos outros benefícios.
“O Plano de Bioeconomia conta com 122 ações de 18 secretarias, logo, existe uma importância de acompanhá-las. Por isso, em 2024 a Semas, com apoio de uma consultoria especializada em tecnologia da informação, iniciou o desenvolvimento do projeto da plataforma, que é um elemento importante para demarcar ações de políticas públicas futuras, baseado em como podemos melhorar o impacto e gerar mais alcance e, ainda, acompanhar se está sendo executado como previsto originalmente no plano”, enfatiza Camille Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Semas.
O PlanBio, que integra o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), é uma das principais estratégias do governo estadual na transição para uma economia de baixo carbono. No âmbito dessa estratégia, um dos principais destaques é o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, uma iniciativa que visa transformar a região em um polo de desenvolvimento sustentável, científico e tecnológico.
Camille Bemerguy enfatiza que “o Parque de Bioeconomia é um catalisador, um espaço representativo em que a bioeconomia tradicional, tecnológica e industrial podem coexistir a partir da união de um centro de inovação e de um centro de sociobioeconomia, espaços que irão alavancar negócios ligados a bioeconomia, buscar e valorizar os nossos recursos e desenhar futuras políticas públicas para grupos diversos”.
O Parque de Bioeconomia também irá oferecer um laboratório-fábrica compartilhado para start-ups e negócios comunitários, espaços de pesquisa e conhecimento que permitirá promover inovação e criar um ambiente inovador e capaz de dar escalabilidade para a bioeconomia.
Durante os dois dias de evento também foi disponibilizado um espaço aos produtores locais para a comercialização de produtos oriundos da bioeconomia do Pará, incluindo alimentos, artesanatos e produtos de beleza que valorizam o valor simbólico e patrimônio genético do estado.
“Para um estado que pensa em ser carbono neutro, necessitamos de um novo modelo de desenvolvimento e a bioeconomia é uma das estratégias e caminho para ser um importante vetor para uma transição socioeconômica de baixo carbono, conectando o valor econômico com valor simbólico e ecológico, valorizando o patrimônio genético da Amazônia. A bioeconomia é um modelo de desenvolvimento com um potencial imenso e isso, para a Amazônia, é revolução. Hoje, mais do que nunca, precisamos de soluções que sejam, ao mesmo tempo, justas, regenerativas e enraizadas no território”, explica Camille.
Bioeconomia e COP 30 - Na última terça-feira (10), a Semas esteve presente no evento Diálogo Multissetorial com os High-Level Climate Champions: Percepções para a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), para dialogar sobre as questões ligadas ao evento global que efetivamente precisam ser parte da discussão. O evento foi um momento de escuta de diferentes setores, abordando elementos e questões que precisam ser levadas para a discussão na COP30.
“A Semas falou da área de bioeconomia mostrando o movimento do estado, de construção de um plano de bioeconomia e seu alcance e poder de transformação. A COP30 será, acima de tudo, uma agenda de ação e implementação e, nesse sentido, o estado do Pará tem muito a colaborar em termos do que ele vem fazendo e levar isso enquanto uma contribuição para as discussões na Conferência ”, finaliza Camille.
Texto: Vinícius Silva/Ascom Semas