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Pará amplia Ensino Integral: matrículas crescem oito vezes e passam de 48 mil em 2025

Com mais de 160 unidades, escolas oferecem jornada ampliada, três refeições diárias e projetos que unem aprendizado e cidadania

Por Giovanna Abreu (SECOM)
18/06/2025 08h00
Desenvolvimento completo dos alunos é um dos diferenciais na modalidade de ensino integral

Com jornadas de 9 horas diárias e 45 horas semanais ou 7 horas diárias e 35 horas semanais, as escolas estaduais de tempo integral são estratégicas para o Governo do Estado no trabalho contínuo de fortalecer a educação no Pará. Somente para 2025, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) efetivou mais 49 unidades que adotaram o Programa de Ensino Integral (PEI). Ao todo, mais de 160 escolas no Pará já adotaram esse modelo pedagógico.  

Em 2018, as escolas na modalidade integral no Pará atendiam 6 mil alunos; em 2025 houve um salto para 48 mil matrículas, um aumento oito vezes maior na capacidade de atendimento. As escolas com jornada integral garantem aos estudantes três refeições diárias (almoço e dois lanches).

A estudante do 6º ano do Ensino Fundamental da rede pública estadual, Heloisa Silva, 11 anos, adora o método, especialmente, por ter mais tempo para participar de atividades educativas que estimulam seu aprendizado. “Participamos de várias atividades diferentes, o que nos motiva a estudar mais. Isso faz a escola ficar mais divertida e dá vontade de vir todos os dias. Tem dias que eu nem vejo a hora passar, aprendendo e me divirto ao mesmo tempo com meus amigos”, diz.

Integral - Gabriela Bonfim, coordenadora de escolas de tempo integral da Seduc, explica que, nesse modelo, a comunidade escolar foca no desenvolvimento completo dos alunos, com alcance nas dimensões cognitivas, sociais e emocionais, centrado na construção do projeto de vida dos estudantes. O intuito é formar os jovens para o exercício pleno da cidadania, para que ajam de maneira autônoma, solidária e competente.

“Estudos sobre Ensino Integral feitos no Brasil indicam que esses alunos têm melhor desempenho nas avaliações, probabilidade maior de ingresso no ensino superior, além de uma renda média maior também. Quando comparados com alunos que tiveram sua trajetória em tempo parcial, os egressos do tempo integral trabalham frequentemente em setores com maior qualificação e maior presença de mulheres no mercado de trabalho”, afirma a coordenadora.

O estudante João Miguel Silva, 12 anos, do 7º ano da rede pública estadual, lista entre os principais benefícios do tempo integral: o maior aprendizado das matérias e o estímulo à convivência com os colegas, com o fortalecimento das amizades. “A escola de tempo integral não é só um lugar pra estudar, é um espaço onde eu posso aprender mais, ter mais tempo pra pensar, tirar dúvidas e crescer de verdade. Além das aulas tradicionais, a gente tem clubes, tutoria, estudos orientados, e tudo isso ajuda muito, porque a gente não aprende só com os livros, mas também com as experiências que a escola oferece”, diz.

Projetos - A Escola Estadual Dr. Aníbal Duarte, entregue, totalmente reconstruída, em Belém, no mês de abril deste ano, passou a ofertar 100% de educação em tempo integral. Projetos ambientais são desenvolvidos junto aos alunos, com o objetivo de fomentar o pensamento prático sustentável e gerar renda extra a eles e seus familiares, por meio do empreendedorismo. Um dos exemplos é o projeto "Biojoias da Amazônia", que incentiva a criação de joias a partir do uso de sementes de frutos regionais.

Em maio, o Governo entregou a Escola Paulo Maranhão, no Guamá, e a Escola Augusto Meira, localizada no bairro de São Brás, ambas em Belém.