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Peritas criminais engenheiras reforçam atividades forenses da Polícia Científica

Vinte e uma engenheiras lotadas tanto na Gerência de Perícias Tecnológicas quanto nos interiores do Estado atuam na PCEPA

Por Monique Leão (Pol. Científica)
23/06/2025 16h00

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher na Engenharia, celebrado em 23 de junho, a Polícia Científica do Pará (PCEPA) destaca a importância e a contribuição das engenheiras que integram seu quadro técnico. Atuando em áreas estratégicas como a Engenharia Legal e a Criminalística, essas profissionais desempenham papel fundamental na elucidação de crimes, na produção de provas técnicas e na promoção da justiça.

Na Polícia Científica, as engenheiras contribuem com conhecimentos técnicos altamente especializados em análises estruturais, acidentes, crimes ambientais, perícias de incêndio e outras áreas complexas da ciência forense. São 21 engenheiras lotadas tanto na Gerência de Perícias Tecnológicas quanto nos interiores do Estado, assim como em cargos de chefia.

A perita criminal e Gerente da Engenharia Aplicada, Márcia Barbosa de Sá, atua há 25 anos na Engenharia Civil. “Sempre me identifiquei com as ciências exatas, então, a engenharia sempre foi uma opção quando pensei no que cursar na faculdade, pois ela me abriria um bom leque de concursos e de trabalhos em empresas privadas. Na minha turma tinha apenas 5 mulheres. Algumas mulheres não se interessam pela profissão pois é uma profissão que requer a parte operacional, como visitação de obras, etc.”, contou a perita.

A perícia criminal surgiu como possibilidade ainda na faculdade, quando Márcia se identificou com alguns objetos de estudo da área. “Me identifiquei com a parte patológica, o estudo dos problemas, defeitos e falhas que ocorrem em construções, estruturas e materiais, foi quando percebi que poderia ser perita criminal, pois esta é uma das áreas em que o perito trabalha”, explicou.

Márcia Barbosa de Sá, atua há 25 anos na Engenharia Civil

A perita participou de casos emblemáticos, como o desabamento da Ponte do Moju, em 2019. “No começo, passei pelo Núcleo de Crimes Contra a Vida e depois vim para o setor de Engenharia Aplicada, passei pela Coordenação, e estou há 9 anos na Gerência de Engenharia Aplicada. Atualmente, gerencio as perícias que têm a ver com imóveis, desabamentos, problemas estruturais, incêndios, além da parte de funcionalidade de equipamentos eletrônicos, furto de energia”, completou.

Desafios- Para a perita criminal e engenheira agrônoma Socorro Almeida, os desafios começaram na faculdade, na qual havia apenas 6 mulheres em um universo de mais de 30 homens. “Eles nos tratavam como se fossemos frágeis e medrosas, que não suportaríamos trabalhar em uma área onde estaríamos suscetíveis a enfrentar condições adversas, e sempre mostramos que sim, conseguimos, logo, passaram a nos respeitar”, relatou a perita.

Atualmente, ela atua no Núcleo de Crimes Ambientais do órgão. “No órgão, desenvolvo minhas atividades em minha área de formação. Há muito respeito e valorização do nosso trabalho. Já enfrentamos muitas situações desafiadoras, além de muitas adversidades inerentes à área ambiental, mas sempre conseguimos desempenhar nossa função com muita garra, confiança e coragem”, completou a perita.

Texto: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA