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Ideflor-Bio participa de seminário para discutir o mexilhão-dourado no Pará

Encontro organizado pelo Ibama definiu a criação de Grupos de Trabalho (GTs) para a realização de atividades relevantes sobre a espécie invasora

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
24/06/2025 17h29

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) participou do primeiro seminário para discutir o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) no Pará, promovido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e Ministério do Meio Ambiente (MMA). O evento também contou com a participação do Ministério Público do Pará (MPPA), Marinha do Brasil e outras instituições.

A ação foi realizada em Belém e contou com a participação de representantes dos órgãos participantes, que definiu a criação de Grupos de Trabalho (GTs) para a realização de atividades de pesquisa, monitoramento e conscientização sobre a espécie, que está presente na bacia do Rio Tocantins.

De acordo com a gerente da Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí do Ideflor-Bio, Keylah Borges, a espécie é nativa da China e o monitoramento vai permitir estudar o seu comportamento e como ela afeta a cadeia alimentar dos peixes do Lago. “O monitoramento permitirá estudar o comportamento dessa espécie invasora e da fauna aquática como todo, especialmente verificar as condições de desenvolvimento dos pescados existentes no Lago de Tucuruí”, destacou.

Preocupações - Keylah Borges destacou, ainda, que o mexilhão-dourado vem por meio de embarcações vindas de outras regiões do país, que já estão afetadas pela proliferação dessa nociva espécie aquática. Dentre os principais problemas causados, estão a proliferação rápida, danos à biodiversidade, danos às infraestruturas presentes nas regiões afetadas e mudanças em ecossistemas.

A técnica em Gestão Ambiental do Ideflor-Bio, Sineide Vasconcelos, também acompanhou a programação e enfatizou que a palestra foi importante por mostrar os perigos da espécie para o estado, a qual afeta tanto os ecossistemas quanto a sociedade e a economia “É inegável que o mexilhão-dourado é uma espécie invasora e que precisamos acompanhar de perto como ela tem se comportado em nossa região”, frisou.

Sineide Vasconcelos disse, ainda, que o Ideflor-Bio, junto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Amazônia Oriental) e de outras instituições, vão atuar na pesquisa, monitoramento e conscientização sobre o mexilhão-dourado. “A educação ambiental é uma das importantes linhas de ação desse Grupo de Trabalho, pois vamos nas comunidades afetadas para orientá-los para conhecerem essa espécie invasora”, complementou a especialista.

Texto: Sinval Farias com a supervisão de Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio)