Polícia Científica inicia 'Operação Verão 2025' em 17 polos operacionais no Pará
Com efetivo de 106 servidores, o órgão atuará no veraneio realizando perícias para emitir laudos que auxiliarão em casos criminais dos principais pontos de turismo do estado
A Polícia Científica do Pará (PCEPA) integra, a partir deste sábado (28), a Operação Verão 2025, coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). A ação seguirá até o dia 4 de agosto e tem como objetivo garantir a segurança dos paraenses durante o período de férias, tanto nos principais destinos turísticos do interior quanto nos centros urbanos.
A PCEPA atuará com um efetivo diário de 106 servidores, incluindo peritos criminais, médicos legistas, auxiliares técnicos e operacionais de perícia. As equipes estarão distribuídas entre a sede, em Belém, as Coordenadorias Regionais (Castanhal, Marabá, Santarém e Altamira), os Núcleos Avançados (Abaetetuba, Bragança, Paragominas, Parauapebas, Tucuruí e Itaituba), e com reforço em pontos estratégicos como Cametá, Conceição do Araguaia, Distrito de Mosqueiro, Marudá, Salinópolis e Salvaterra.
Ao todo, 32 viaturas serão utilizadas, sendo 19 operacionais e 13 destinadas à remoção.
Atuação integrada
Durante a operação, a PCEPA tem papel fundamental no suporte técnico às demais forças de segurança, como as Polícias Civil e Militar, Detran e Artran. A instituição será responsável pela emissão de laudos técnicos solicitados nos atendimentos, como exames de alcoolemia, uso de drogas, lesões corporais, perícias veiculares, de patrimônio, poluição sonora, balística, remoção de corpos, locais de crime, violência doméstica e violência sexual.
“As operações de segurança pública nas férias exigem pronta resposta pericial. Nossa atuação garante a produção de provas técnicas que subsidiam a investigação policial e fortalecem o Sistema de Justiça”, destacou a perita criminal Ana Cláudia Melo Macedo, coordenadora das unidades regionais da PCEPA.
Combate à poluição sonora
Um dos focos da operação será o combate à poluição sonora causada por paredões de som ou equipamentos com volume acima do permitido em praias e espaços públicos. A Polícia Científica atua na elaboração de laudos que embasam os inquéritos policiais, garantindo respaldo técnico para as ações legais.
De acordo com o perito criminal Carlos Alberto Oliveira Braga, gerente de perícias tecnológicas do Núcleo de Crimes Ambientais da PCEPA, as equipes atuam de forma discreta para registrar as ocorrências. “Se, após a abordagem inicial da Polícia Militar ou Civil, o responsável reincide na infração, somos acionados. Vamos ao local sem farda, coletamos os dados e elaboramos o laudo técnico para a autoridade policial”, explicou.
O perito também alertou para os impactos dos ruídos excessivos, especialmente em uma sociedade cada vez mais cercada por equipamentos eletrônicos. “O desconforto acústico pode gerar estresse e até doenças, especialmente em idosos, crianças, pessoas com autismo e animais. Por isso, o controle da poluição sonora é essencial para o bem-estar coletivo”, completou.
A Polícia Científica reforça que todas as unidades regionais e núcleos avançados seguirão com atendimento normal durante a Operação Verão, prestando apoio integral às ocorrências nas áreas cobertas pela força-tarefa.