Escola de Ensino Técnico Tancredo Neves vence I Desafio Amazônico de Robótica
Equipe Selvatech foi a grande campeã do torneio
O I Desafio Amazônico de Robótica, realizado na Usina da Paz da Cabanagem na tarde de sábado (28), promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), com apoio da Fundação Guamá e da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi marcado por emoção, criatividade e muita tecnologia. A equipe Selvatech, da Escola de Ensino Técnico do Pará (EETEPA Tancredo Neves), de Ananindeua, foi a grande campeã do torneio.
O primeiro lugar ficou com um projeto voltado ao reaproveitamento da água da chuva para consumo humano, utilizando um filtro de baixo custo para comunidades ribeirinhas, desenvolvido pela equipe Selvatech. O segundo lugar ficou com a equipe a Parabots, da EETEPA Professor Francisco das Chagas Ribeiro Azevedo, localizada no distrito de Icoaraci, que trouxe no seu projeto a reutilização de matéria orgânica para transformá-la em biocombustível, criando um biodigestor para uso das comunidades rurais.
O terceiro lugar foi para a Nexus, também da EETEPA Tancredo Neves, que reaproveitou material de garrafas pet para criação de instrumentos musicais através de impressora 3D. Uma ideia que busca beneficiar as comunidades ribeirinhas reaproveitando o lixo que é jogado nos rios e ilhas.
Presente no evento, o secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica, Victor Dias, destacou a importância da robótica nas escolas e seu papel na formação de jovens mais conscientes. “Valorizar a robótica nas escolas é investir em pensamento crítico, resolução de problemas e, principalmente, em soluções sustentáveis para o meio ambiente. Este desafio mostrou que nossos jovens estão prontos para pensar a Amazônia com inteligência e compromisso com o futuro”, afirmou.
Roann Almeida, estudante do curso técnico de informática e integrante da equipe Selvatech, falou com entusiasmo sobre a vitória. “Foi uma jornada intensa. A gente se dedicou muito ao projeto e ver tudo isso sendo reconhecido é uma alegria imensa. Nosso filtro de água da chuva é simples, mas pode mudar vidas. Isso mostra que a tecnologia pode ser acessível e útil. Estamos muito felizes e queremos dedicar essa vitória ao nosso professor Jean Vasconcelos por todo apoio e dedicação”, declarou.
Já a aluna, Emilli Sousa que ficou em segundo lugar, da equipe Parabots, ressaltou a importância de competições como estas para o meio ambiente. “Foi uma oportunidade incrível de desenvolvimento pessoal e coletivo, porque cada etapa exige trabalho em equipe, criatividade, paciência e, claro, muito aprendizado prático. O desafio nos proporcionou a oportunidade de levar o nosso projeto para que pudesse ser uma alternativa sustentável para o meio ambiente”, afirma.
Natalia Barbosa, participante do projeto da equipe Nexus,que ficou em terceiro lugar, diz que participar foi bem gratificante. “Usar garrafas Pet e transformar em filamentos para impressão de instrumentos musicais é combater a exclusão cultural, poluição ao meio ambiente e desigualdades tecnológicas”, disse.
Além das provas práticas, o público presente pôde conferir a edição itinerante especial da Caravana da Ciência e Tecnologia, com estandes interativos, atividades educativas e apresentações dos projetos desenvolvidos pelas equipes finalistas, todos com foco na sustentabilidade da Amazônia. A integração entre ciência, educação e compromisso socioambiental transformou o espaço em uma verdadeira feira do conhecimento.
Entre os muitos visitantes que prestigiaram o evento estava Dona Beatriz Machado, de 91 anos, que fez questão de acompanhar a participação da bisneta na competição. Encantada com o que viu, comentou: “Nunca imaginei ver algo assim. Robôs? Na minha época isso era coisa de cinema. Estou encantada com tudo o que vi. Que coisa linda ver os jovens pensando e criando para o bem da natureza", conta.
Texto de Carla Couto / Ascom Sectet