Hospital Galileu é referência em ortopedia para vítimas de acidentes de trânsito
Unidade atua com equipe multidisciplinar na recuperação de traumas complexos e reforça a importância da prevenção no trânsito neste período de férias escolar

O mês das férias escolares chegou. Há famílias que saem da rotina e pegam a estrada para curtir esse período no interior, nas praias e nos balneários do Pará. Mas, todo o cuidado é pouco para evitar acidentes de trânsito que podem deixar traumas para o resto da vida. O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), localizado na Grande Belém, consolidou-se como referência em tratamento ortopédico de alta complexidade, especialmente em casos envolvendo vítimas de acidentes nas estradas. A unidade conta com equipe especializada, que atua de forma humanizada na recuperação de fraturas graves e traumas extensos.
O ortopedista Reginaldo Maurício Rios explica que os politraumatismos — lesões múltiplas que atingem diferentes partes do corpo — são frequentes entre vítimas de acidentes automobilísticos. "Os danos ortopédicos incluem fraturas expostas, múltiplas e luxações, que comprometem a mobilidade dos membros superiores e inferiores", detalha.
Segundo o médico, é comum que os pacientes apresentem fraturas em ossos longos, como fêmur, tíbia e úmero, além de lesões articulares graves, que exigem cirurgias delicadas. "Esses traumas também podem comprometer tecidos moles, afetando nervos e vasos sanguíneos, o que torna a reabilitação desafiadora e prolongada", destaca.
Atendimento especializado
Embora seja uma unidade de atenção secundária, o Hospital Galileu está preparado para receber casos encaminhados de diversas regiões do Pará, após estabilização inicial.
"Recebemos pacientes com suporte prévio e, na unidade, damos continuidade ao tratamento ortopédico, com foco na preservação funcional dos membros e na reintegração do paciente às suas atividades diárias", afirma o ortopedista.
No hospital, a recuperação vai além do procedimento cirúrgico. O processo exige atuação de uma equipe multidisciplinar, composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos, que contribuem para o acolhimento físico e emocional do paciente. "Cada profissional tem um papel essencial na reabilitação integral. É um processo complexo, que exige competência técnica e sensibilidade humana", acrescenta Moura.
Outro fator determinante para o sucesso do tratamento é o tempo entre o acidente e o início do atendimento especializado. "Quanto mais rápido o paciente chega à unidade com suporte adequado, maiores são as chances de preservar o membro lesionado e reduzir complicações futuras", pontua.
Comportamento no trânsito ainda é o maior desafio
Com vasta experiência em traumas ortopédicos, o médico alerta que muitos acidentes graves poderiam ser evitados com atitudes simples. Excesso de velocidade, uso do celular ao volante, consumo de álcool ou drogas e negligência no uso de capacetes e cintos de segurança são fatores recorrentes nos casos atendidos.
"Essas atitudes aumentam significativamente o risco de lesões graves e fatais", ressalta. Segundo ele, o uso correto dos equipamentos de segurança impacta diretamente na gravidade das lesões. "Estudos mostram que capacetes e cintos de segurança reduzem o número e a gravidade das fraturas. Mesmo assim, muitos condutores continuam ignorando esse cuidado", lamenta.
Além das consequências físicas e emocionais, os acidentes de trânsito geram elevados custos hospitalares e sociais. "Há impactos para o sistema público de saúde, para as famílias e para a produtividade. É um problema que afeta toda a sociedade", afirma o ortopedista.
Para ele, a redução de acidentes nas estradas exige uma resposta coletiva — com mais educação no trânsito, campanhas permanentes de conscientização, fiscalização rigorosa e investimentos na infraestrutura viária. "Um trânsito seguro começa com atitudes responsáveis. E, caso o acidente aconteça, buscar atendimento médico imediato pode fazer toda a diferença no desfecho", conclui.
Perfil
A unidade é administrada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HPEG está entre os melhores hospitais do Brasil, com índices de satisfação próximos a 100% e certificação ONA Nível 3 — acreditado com excelência nos critérios de segurança, gestão integrada e qualidade assistencial.