Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
CONSERVAÇÃO
English Version

Ideflor-Bio faz parceria estratégica com o Instituto Bicho D'água e Projeto Suruanã para proteger fauna amazônica e impulsionar políticas públicas

O trabalho prevê monitoramento sistemático, levantamento de dados, pesquisas e elaboração de diagnósticos que subsidiem a criação de políticas públicas de conservação e de fomento à pesquisa científica no estado

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
18/08/2025 20h48

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) deu mais um passo estratégico para a preservação da fauna amazônica. Em reunião realizada nesta segunda-feira (18), representantes do órgão estadual, do Instituto Bicho D’água e do Projeto Suruanã alinharam as primeiras ações para a implementação do Programa de Conservação de Quelônios e Mamíferos Aquáticos nas Unidades de Conservação do Estado do Pará. Também esteve em pauta a criação de um Programa de Conservação de Peixes Ornamentais, voltado ao monitoramento e manejo sustentável dessas espécies.

A iniciativa tem como objetivo principal a proteção de quelônios – como tartarugas marinhas, tartarugas-da-amazônia, tracajás, muçuãs e jabutis –, dos peixes-boi, botos e golfinhos, além de espécies de peixes ornamentais, que compõem parte significativa da biodiversidade amazônica. O trabalho prevê monitoramento sistemático, levantamento de dados, pesquisas e elaboração de diagnósticos que subsidiem a criação de políticas públicas de conservação e de fomento à pesquisa científica no estado.

De acordo com a coordenadora do Projeto Suruanã, Josie Figueiredo, que ficará responsável pelas ações voltadas aos quelônios, a iniciativa permitirá uma visão ampla sobre a situação desses animais nas áreas protegidas. “Não estamos falando apenas de tartarugas marinhas, mas também de tartarugas-da-amazônia, tracajás, muçuãs e jabutis. Com esse diagnóstico, poderemos compreender a realidade das espécies nas unidades de conservação e identificar onde é necessário direcionar recursos e novos projetos. Esse é um trabalho coletivo, que une pesquisa, gestão pública e sociedade em prol da conservação”, destacou.

Já a presidente do Instituto Bicho D’água, Renata Emim, que assumirá a coordenação das ações relacionadas aos peixes-boi, ressaltou que a iniciativa também organiza décadas de conhecimento científico acumulado. “O grande diferencial desse programa é que ele vai sistematizar informações que já vêm sendo produzidas há muitos anos, organizando-as em conjunto com as unidades de conservação. Isso vai indicar lacunas de conhecimento, gerar subsídios para políticas públicas e auxiliar o estado na gestão da fauna, fortalecendo a conservação de quelônios e mamíferos aquáticos”, afirmou.

Compromisso - Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a parceria reafirma o compromisso do Pará com a conservação da Amazônia. “Este programa é um marco porque alia a experiência científica de duas instituições de referência com a responsabilidade de gestão do estado. Nosso papel é transformar esse conhecimento em políticas públicas e ações práticas que garantam a proteção das espécies e a valorização das comunidades que convivem com elas”, ressaltou.

O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, destacou a importância da metodologia integrada que será aplicada. “A ideia é construir diagnósticos periódicos, com relatórios que serão atualizados a cada seis meses, permitindo ao estado acompanhar de perto a situação das espécies. Com isso, teremos dados consistentes para a tomada de decisão, o que é fundamental para fortalecer a gestão da biodiversidade no Pará”, explicou.

Continuidade - As reuniões técnicas entre as equipes parceiras terão início já nos próximos dias, com a definição do plano de ação e a padronização das ferramentas de monitoramento. A expectativa é que, ainda em 2025, sejam apresentados os primeiros resultados parciais dos levantamentos, envolvendo diferentes unidades de conservação estaduais.

Nilson Pinto completa afirmando que, “com a articulação entre ciência, gestão pública e sociedade civil, o Programa de Conservação de Quelônios e Mamíferos Aquáticos do Pará surge como uma referência regional, capaz de gerar informações estratégicas, consolidar parcerias e impulsionar políticas de conservação em escala amazônica. Além disso, o futuro programa dedicado aos peixes ornamentais reforça a preocupação do estado em aliar conservação, pesquisa e sustentabilidade econômica”, concluiu o presidente do Ideflor-Bio.