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Acessibilidade e inclusão estão presentes durante toda 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes

Projeto da Uepa oferece visitação guiada a surdos e cegos e sala sensorial para pessoas com espectro autista

Por Amanda Engelke (SECULT)
19/08/2025 10h00

Visitar a 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém, é também ter a certeza de encontrar um espaço inclusivo, com intérpretes de Libras, audiodescrição, guias-videntes, apoio a pessoas com mobilidade reduzida e até uma sala sensorial: tudo à disposição do público, graças ao projeto Lamparina Acesa.

Coordenado pelo Núcleo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o projeto mobiliza cerca de 50 profissionais e voluntários durante todos os dias da programação, das 9h às 22h. Neste ano, além dos serviços já consolidados, a novidade é a sala sensorial, pensada especialmente para o acolhimento de pessoas neurodivergentes.

“Os nossos serviços são gratuitos, garantem acessibilidade para pessoas cegas e surdas durante a visitação ao evento. E agora, nesse ano, com a novidade da sala sensorial, pensada para regulação dos sentidos, especialmente do público autista, de todas as idades”, conta Joana Martins, coordenadora do projeto.

“O Lamparina sempre está contribuindo com a acessibilidade arquitetônica, comunicacional e atitudinal, reforçando a importância da presença, da construção e emancipação da pessoa cega no espaço comum. Estão de parabéns por esse trabalho, não só pela técnica de guiar pelos estandes da feira, mas também pela audiodescrição, que é essencial para a permanência das pessoas com deficiência nesse espaço”, destaca Aguinaldo Barros, deficiente visual que também está trabalhando na feira do livro com o apoio do grupo.

“Só de já vir aqui está sendo uma experiência muito bacana e muito importante, ainda mais se tratando de um dia voltado para diversidade e inclusão, com a discussão sobre acessibilidade”, afirmou o estudante autista Alexandre Monteiro, que visitou a feira nesta segunda (18), no dia dedicado às Vozes da Diversidade e Inclusão.

“Falar de acessibilidade é extremamente relevante porque traz representatividade, que é essencial para que a sociedade compreenda como ela é importante não só na feira do livro, mas em todos os espaços”, concluiu Alexandre.

Serviços de acessibilidade disponíveis na Feira:

  • Intérpretes de Libras nas atividades da Arena Multivozes.
  • Audiodescrição, com profissionais e consultores especializados.
  • Visitas guiadas com guias-videntes para pessoas cegas.
  • Apoio a pessoas com mobilidade reduzida, incluindo cadeiras de rodas disponíveis no evento.
  • Guia-intérpretes de Libras, atuando junto ao público surdocego.
  • Sala Sensorial Adaptada, com iluminação suave, isolamento acústico e recursos táteis para o público neurodivergente.
  •  Literatura acessível, com estande do Projeto Lamparina Acesa apresentando propostas e tecnologias inclusivas.

A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes é promovida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e vai até sexta-feira (22), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. O funcionamento é das 9h às 22h, com entrada até às 21h.

Texto: Juliana Amaral (Ascom/Secult)