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Literatura paraense atrai leitores e ganha espaço na 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes

Obras regionais despertam identidade cultural e chegam às telas do streaming com adaptação de “Pssica”

Por Governo do Pará (SECOM)
21/08/2025 09h00

A literatura produzida no Pará está entre as mais procuradas pelos visitantes da 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Neste ano, o evento homenageia os mestres Damasceno e Wanda Monteiro e reforça o papel das narrativas paraenses na valorização da cultura e da identidade regional.

“Quando a gente lê um autor paraense, a gente conversa com a escrita do livro que é a nossa cultura. A gente se reconhece no livro, reconhece as paisagens, o vocabulário. É muito bom se ver representado dentro da literatura”, afirmou o professor Wagner Alonso, expositor da feira.

Wagner Alonso

Riqueza literária

Entre contos populares, religiosidades, política social e lendas urbanas, a produção paraense ocupa espaço de destaque nos estandes. Clássicos como Visagens e Assombrações, de Walcyr Monteiro, continuam despertando interesse dos leitores, enquanto coletâneas como Merenda, do Coletivo Kitnet, ampliam a diversidade de gêneros ao apresentar narrativas em quadrinhos.

A presença de escritores contemporâneos também chama atenção. “Flor de Gume”, da escritora Monique Malcher, premiado em 2021 com o Jabuti, é exemplo do reconhecimento nacional das autoras paraenses. Este ano, ela lança seu primeiro romance, Degola, consolidando ainda mais a literatura local.

A relação direta entre literatura e identidade cultural também está presente entre os jovens leitores. Sofia Brito, estudante do 9º ano e admiradora de escritores paraenses, destacou a importância desse vínculo.

Sofia Brito

“É muito importante termos consciência da nossa cultura, principalmente de onde viemos para passar para as outras pessoas a nossa identidade. É muito importante para a gente ter conhecimento”, afirmou.

Dos livros para as telas - Um dos títulos mais disputados da feira, já esgotado, é Pssica, do escritor paraense Edyr Augusto. A obra, que retrata a exploração de pessoas no arquipélago do Marajó, ganha nova projeção ao ser adaptada em série pela Netflix. “O Brasil e o mundo vão descobrir o Edyr que a gente já conhece”, comemorou o professor Wagner Alonso.

Espaço do leitor - No estande da Secult, o público encontra o “Espaço do Leitor”, ambiente voltado para lançamentos e relançamentos de obras de autores paraenses, reforçando o papel da feira como vitrine da produção cultural do Estado.

Serviço: A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre até sexta-feira (22), das 9h às 22h, com entrada até às 21h, no Hangar Convenções e Feiras, em Belém.

Texto: Lucas Rocha