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Governo do Pará consolida estratégia de descentralização da saúde com policlínicas

Unidades pioneiras ampliam o alcance do SUS, com consultas, exames e terapias, aproximando o cuidado com a população do interior paraense

Por Governo do Pará (SECOM)
19/09/2025 09h28
Policlínicas asseguram consultas, exames e outros procedimentos médicos e contribuem para descentralização dos serviços

No dia 19 de setembro, o Sistema Único de Saúde (SUS) celebra 35 anos como a maior política pública de inclusão social do Brasil. No Pará, esse marco ganha força com a implantação de cinco Policlínicas regionais, que descentralizam o atendimento e levam serviços especializados para perto da população. O projeto integra a estratégia do governo estadual de ampliar o acesso a cuidados de qualidade em diferentes regiões do Estado, a partir do modelo pioneiro da Policlínica Metropolitana, em Belém, entregue em 2020 e já replicada nos municípios de Capanema, Tucuruí, Bragança e Marabá.
 
Essas unidades do governo, ligadas à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), oferecem acolhimento, organização e eficiência. Dessa forma, garantem previsibilidade aos usuários e viabilizam a realização de milhares de consultas, exames e procedimentos todos os meses, reafirmando o compromisso do SUS em entregar cuidado acessível e de qualidade.
 

Apenas este ano, juntas, as Policlínicas Metropolitana, em Belém; a Policlínica Carajás, em Marabá, e a Policlínica do Lago de Tucuruí já garantiram 704.227 mil atendimentos aos paraenses.
 
A secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz, destaca que as Policlínicas são parte essencial de uma rede que consolida o Sistema Único de Saúde no Pará. “O SUS é a maior política pública de inclusão social do País e, no Pará, ele se fortalece a cada dia com a expansão das Policlínicas. Essas unidades aproximam o cuidado da população, organizam os fluxos de atendimento e garantem acesso digno e gratuito a milhares de pessoas. Nosso compromisso é seguir ampliando essa rede, para que todos os paraenses tenham saúde de qualidade, perto de casa”, afirmou.

As unidades de Belém, Marabá e Tucuruí são administradas pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa. Essa atuação conjunta garante uma gestão profissional, que mantém o padrão elevado dos serviços e reforça o compromisso do SUS em oferecer atendimento de qualidade e digno à população.

Pacientes na Policlínica Carajás Miguel Chamon, em Marabá, que já fez 41.235 mil atendimentos, entre abril e agosto deste ano

Com o objetivo macro de descentralizar a saúde especializada da capital para o interior do Estado, as Policlínicas têm sido um divisor de águas no que se refere ao atendimento do SUS. No sudeste do Estado, a Policlínica Carajás Miguel Chamon, em Marabá, inaugurada em abril, já contabiliza 41.235 mil atendimentos, até agosto.
 
O acesso ao serviço começa pela Unidade Básica de Saúde (UBS) do município, segue pela Central de Regulação Municipal e depois pelo Sistema Estadual de Regulação (SER), que define o encaminhamento segundo perfil clínico. 

A unidade oferece 30 especialidades médicas e não médicas, exames de imagem de média e alta complexidade e exames cardiológicos e neurológicos. Entre os serviços, o destaque é o Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), que acompanha crianças e dá suporte integral às famílias, reforçando o papel do SUS de integrar diagnóstico e reabilitação.
 
Tucuruí:
Marcos Andrade, músico de Itupiranga, na região do Lago de Tucuruí, foi atendido por um urologista na Policlínica Carajás. Ele ressalta que o processo foi simples e ágil, desde a regulação até o atendimento com o especialista. Para ele, a experiência trouxe não apenas cuidado médico, mas também acolhimento e segurança. “Fiquei impressionado com a qualidade do atendimento e a agilidade do fluxo. O SUS mostra que funciona quando chega perto da gente, com respeito e cuidado”, afirmou.
 

Hemodiálise aumenta expectativa de vida, em Tucuruí
Um dos serviços de destaque entre as unidades no interior do Estado é a hemodiálise. Na Policlínica Lago de Tucuruí, apenas em 2025, já foram realizadas quase 5,6 mil sessões, desafogando a demanda na região e evitando viagens até outras cidades. 

“Hoje minha vida ficou mais leve. Antes, eu passava 13 horas entre ida e volta até Marabá para fazer hemodiálise. Chegava exausto, sem forças para estar com a minha família. Agora, com o tratamento em Tucuruí, tenho tempo e disposição para viver com dignidade”, conta Jonas de Sousa Pinto, 30 anos, mototaxista e morador do município.
 
A Policlínica de Tucuruí funciona como retaguarda para os municípios ao entorno do Lago, e em 2025, já soma 284.556 mil atendimentos até agosto. O fluxo é o mesmo: começa na UBS, passa pela regulação municipal e segue para o SER, que define a especialidade indicada. No local, a população encontra consultas médicas e não médicas, como psicologia, fisioterapia, nutrição e serviços de maior complexidade, como hemodiálise. O Natea também está presente, garantindo terapias e acompanhamento contínuo para crianças autistas, fortalecendo a rede estadual de saúde.
 
Belém:
Na capital paraense, a Policlínica Metropolitana se consolidou como referência nacional. Em 2025, pelo segundo ano seguido, a unidade manteve a certificação ONA Nível 1, que garante à população que a instituição mantém níveis assistenciais de qualidade e segurança aos pacientes, além da satisfação dos seus colaboradores.
 
A Policlínica em Belém é o primeiro ambulatório do Norte do Brasil no rol do Sistema Único de Saúde (SUS) a receber a certificação, sendo também pioneira como Central Diagnóstica do Pará e referência para a construção de mais seis unidades operadas no mesmo molde no Estado.
 
De janeiro a agosto, foram feitos mais de 376.529 mil atendimentos. A grande procura se concentra em especialidades como cardiologia, ginecologia, dermatologia, ortopedia e neurologia, além de uma extensa rotina de exames laboratoriais, essenciais para o diagnóstico de doenças crônicas.
 
O diferencial da unidade é o Projeto Casulo, dedicado ao atendimento de pessoas transexuais. Só de janeiro a agosto de 2025, foram 1.907 atendimentos com uma rede multiprofissional, em um espaço que alia cuidado técnico e acolhimento social.
 

Em Bragança, a Policlínica Ruth Nobre Bragança oferece mais de 30 especialidades médicas e exames, entre outros serviços

Bragança:
No município de Bragança, em julho de 2024, foi entregue a Policlínica Ruth Nobre Bragança, uma unidade que oferece mais de 30 especialidades médicas, além de exames e procedimentos diagnósticos de média e alta complexidade para a população de Bragança e da Região do Rio Caeté.
 
A Policlínica foi criada por meio de um convênio entre a Prefeitura de Bragança e a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), com o objetivo de fortalecer a rede de saúde da região, garantindo acesso a serviços especializados e promovendo a prevenção de doenças.
 
Capanema:
Referência em média e alta complexidade, o Complexo Hospitalar dos Caetés (CHC), em Capanema, reforça o compromisso do SUS em garantir atendimento gratuito e de qualidade para milhares de usuários de municípios do nordeste paraense.
 
Formado pelo Hospital Regional Público dos Caetés (HRPC), Policlínica Francisco de Freitas Filho e pelo Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea Caetés), o complexo encerrou 2024 com avanços expressivos e segue em 2025 ampliando sua assistência especializada.
 
Policlínica e serviço de hemodiálise
Na Policlínica, os usuários encontram cerca de 30 especialidades médicas, além de serviços de diagnóstico, fisioterapia e terapias multiprofissionais. Um dos destaques é o setor de hemodiálise, que dispõe de 24 máquinas e atende, em média, 103 pacientes de 16 municípios. Somente no primeiro semestre de 2024, foram realizadas 7.498 sessões, chegando ao total de 15.341 sessões de hemodiálise no ano. O atendimento é ofertado em quatro turnos diários, garantindo a continuidade da assistência para os pacientes renais crônicos.
 
De janeiro a dezembro de 2024, o CHC somou mais de 680 mil atendimentos, entre consultas médicas, exames, cirurgias e atendimentos multiprofissionais. Nesse período, foram contabilizadas 52.987 consultas médicas, 8.652 cirurgias, 6.179 atendimentos de urgência e emergência, além de 463.829 exames realizados tanto no hospital quanto na Policlínica. Em 2025, a meta é manter a regularidade no atendimento e ampliar a oferta de consultas especializadas.
 
Avanço no atendimento especializado do Natea Caetés
Outro pilar importante do complexo é o Natea Caetés, referência no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O núcleo registrou 71.292 atendimentos entre janeiro e dezembro de 2024, um crescimento de mais de 95% em relação ao mesmo período de 2023. O serviço reúne equipe multiprofissional composta por psicólogos, fonoaudiólogos, profissionais de educação física, enfermeiros, cuidadores , terapeutas ocupacionais, médicos e assistentes sociais, assegurando cuidado integral para as crianças e suas famílias.

Em 2025, o núcleo segue com agenda ativa, fortalecendo o acompanhamento das crianças e ampliando a participação das famílias no processo terapêutico.

Texto de Roberta Paraense, Bianca Botelho e Vera Rojas