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Pará projeta legado histórico da COP30 durante Semana do Clima em Nova Iorque

Governador Helder Barbalho apresenta avanços em infraestrutura, sustentabilidade e turismo a 50 dias da Conferência da ONU em Belém

Por Arthur Sobral (SECOM)
22/09/2025 18h28

A menos de dois meses da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém de 10 a 21 de novembro, o governador do Pará, Helder Barbalho, destacou as principais ações e investimentos estruturantes do Estado durante a Climate Week NYC 2025, nesta segunda-feira (22), em Nova Iorque (EUA). O chefe do Executivo participou do painel promovido pela AmCham Brazil & Valor Econômico, com foco no legado que a conferência deixará para o Pará e para o Brasil.

Durante sua participação, o governador enfatizou que o Pará tem transformado a COP30 em uma oportunidade estratégica de desenvolvimento urbano, ambiental e econômico.

“Aprendemos com outros grandes eventos realizados no Brasil que tiveram seus legados questionados. Por isso, estruturamos as nossas estratégias de investimento para que a COP30 prepare a cidade, deixe um legado de infraestrutura, de políticas e de ações ambientais, pavimentando um novo modelo de desenvolvimento de baixas emissões para o Pará”, afirmou Helder Barbalho.

Atualmente, o Estado executa R$ 4,5 bilhões em obras públicas em Belém, com destaque para projetos de saneamento, ampliação da rede de água e esgoto, o maior programa de macrodrenagem da história da capital e a implantação de 8 km do sistema BRT, que contará com 265 novos ônibus climatizados e integrados. As obras já geram cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos, promovendo melhorias na mobilidade e qualidade de vida da população.

Regulação do setor hoteleiro e ampliação da rede de hospedagem

Helder Barbalho também abordou as ações do Governo do Pará para assegurar preços justos no setor de hospedagem, tanto em hotéis quanto em plataformas digitais.

“Já conseguimos reduzir em mais de 30% tarifas que vinham sendo aplicadas de forma abusiva. A COP30 não é um ponto final, mas o início de uma janela de oportunidades para o turismo e para a economia de Belém. Os investimentos precisam ser entendidos como permanentes, e não recuperados em apenas duas semanas”, destacou.

O governador anunciou que Belém e a Região Metropolitana contarão com 2 mil novos leitos de hospedagem, fruto de nove novos empreendimentos hoteleiros em implantação, o que reforça a capacidade de acolhimento da cidade e fortalece sua vocação para o ecoturismo e o turismo de negócios.

Participação internacional reforça protagonismo de Belém

Outro destaque foi o número expressivo de delegações já confirmadas para a COP30. De acordo com o governador, 72 delegações oficiais estão confirmadas e outras 78 estão em processo de finalização, totalizando a previsão de 150 delegações oficiais.

Além disso, 146 países confirmaram presença por meio de organizações não governamentais, universidades, representantes do setor privado e povos tradicionais. “É a certeza de que Belém será o centro do debate climático mundial”, afirmou Helder.

Avanços ambientais: desmatamento, bioeconomia e inovação

Na pauta ambiental, o governador do Pará destacou a redução dos índices de desmatamento e o avanço do Estado na transição para uma economia verde.

“O Estado deixou para trás a agenda predatória do extrativismo e aposta em soluções baseadas na natureza, em novas economias de baixas emissões e na bioeconomia como nova vocação do Pará”, afirmou.

O governador anunciou ainda que o Estado está prestes a entregar o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, com entrega prevista para outubro. O espaço será dedicado a startups, industrialização de produtos florestais e cadeias produtivas sustentáveis.

Rastreabilidade bovina e mercado de carbono

Helder também reafirmou o compromisso do Estado em tornar a pecuária paraense referência internacional em sustentabilidade, com rastreabilidade e boas práticas ambientais. Além disso, citou o protagonismo do Pará no mercado de carbono.

“Hoje temos um estoque de 235 milhões de toneladas, com potencial de movimentar R$ 40 bilhões até 2028. Esses recursos servirão para remunerar povos indígenas, quilombolas, extrativistas, produtores rurais e guardiões da floresta por serviços ambientais, além de reforçar as políticas públicas de redução de emissões”, explicou.

Concessões de restauro florestal e liderança global

Por fim, o governador anunciou a primeira concessão pública de restauração florestal do país, firmada por 40 anos com investimento privado estimado em R$ 300 milhões. A iniciativa deve gerar cerca de 2 mil empregos ao longo de toda a cadeia produtiva do reflorestamento.

“Estamos inovando ao atrair capital privado para restaurar áreas degradadas. Essa agenda de restauro é fundamental para o Brasil cumprir suas metas climáticas e posiciona o Pará como liderança mundial em soluções de conservação e desenvolvimento sustentável”, concluiu Helder Barbalho.