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Em Nova Iorque, Helder Barbalho destaca entrega do primeiro Parque de Bioeconomia e Inovação do Brasil, em Belém

Equipamento será entregue em outubro como marco do Plano de Bioeconomia do Pará e reforço à nova economia da floresta

Por Igor Nascimento (SEMAS)
22/09/2025 21h33
Helder Barbalho faz importante anúncio durante a Semana do Clima em NY

O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou nesta segunda-feira (22), durante a Semana do Clima de Nova Iorque, a entrega do primeiro Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, também o primeiro do Brasil. O espaço será inaugurado na primeira semana de outubro, em Belém, e representa a principal ação estruturante do Plano Estadual de Bioeconomia, lançado de forma pioneira pelo Governo do Pará.

O anúncio foi feito durante o painel “Financiando a Transformação Ecológica: Mecanismos Inovadores e Lições Aprendidas do Brasil”, promovido pela Coalizão Brasil e pela organização internacional The Nature Conservancy (TNC).

Ao destacar a iniciativa, Helder Barbalho reforçou o compromisso do Estado com a construção de um modelo econômico sustentável, baseado na valorização da biodiversidade.

“O Pará acredita muito em bioeconomia e tem atuado no sentido de identificar oportunidades que possam transformar nossa biodiversidade em uma nova economia. Por isso, concebemos o Plano Estadual de Bioeconomia e já estamos em fase de implementação. Para vocês terem uma ideia, o governo do Estado já investiu cerca de R$ 2 bilhões em bioeconomia”, afirmou.

Segundo o governador, o novo parque será um centro de negócios, pesquisa e inovação voltado à industrialização de produtos da floresta e ao fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis. “Convido a todos a conhecerem essa estrutura que será entregue em breve e que marca um novo ciclo para a Amazônia”, completou.

O governador do Pará, Helder Barbalho

Sustentabilidade com inclusão e justiça social

O governador também reforçou que a sustentabilidade precisa ser compreendida de forma ampla, integrando os pilares ambiental, econômico e social.

“A sustentabilidade precisa ser ambiental, econômica, mas, acima de tudo, social. Precisamos cuidar das árvores e dos povos que vivem abaixo da copa das mesmas. Convoco a todos a estarem conosco em Belém na COP30, mas, mais do que isso, que estejam conosco na construção do futuro da floresta, que passa pelo futuro do Pará”, declarou.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, destacou que o novo parque representa a materialização de um compromisso assumido internacionalmente. “O Parque de Bioeconomia é um avanço histórico. É a implementação estruturante de uma ação prevista no nosso Plano de Bioeconomia, lançado na COP27. Chegaremos à COP30 com essa entrega, que vai fortalecer os negócios da sociobioeconomia, startups e uma gama de oportunidades que a biodiversidade amazônica oferece”, afirmou.

Financiamento climático e inovação regulatória

Ainda durante o painel, Helder Barbalho apresentou as estratégias do Estado para alavancar investimentos verdes e criar condições para a transição econômica com baixa emissão de carbono. O governador ressaltou a importância do envolvimento do setor privado.

“Cabe ao governo construir as condições legais, o arcabouço regulatório, assegurar previsibilidade e segurança jurídica. Mas cabe à iniciativa privada o processo de implementação. Só assim sairemos de um laboratório de boas ideias para uma escala compatível com os desafios climáticos e com as oportunidades dos negócios verdes”, disse.

Entre as iniciativas já em curso, ele citou a concessão de restauração florestal na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, a primeira realizada por um estado subnacional no Brasil. O contrato tem duração de 40 anos, prevê investimentos privados de R$ 300 milhões e a geração de dois mil empregos verdes.

“Essa concessão vai desde a produção de mudas até o plantio de floresta, promovendo captura de carbono e gerando monetização. É uma agenda concreta de desenvolvimento sustentável”, pontuou.

Pecuária sustentável e rastreabilidade do rebanho

O governador destacou também os avanços do Pará na modernização da pecuária como parte da estratégia de redução das emissões e de combate ao desmatamento. Com o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com 26 milhões de cabeças, o Estado já implementa a rastreabilidade coletiva e agora caminha para um novo patamar.

“Estamos trabalhando para assegurar a rastreabilidade individual de todo o nosso rebanho até 2026. Esse é um passo essencial para consolidar o Pará como referência em pecuária de baixas emissões”, explicou.

Helder reforçou que o Estado busca garantir que essa transição ocorra sem onerar pequenos produtores. “Contamos com a parceria da iniciativa privada para que essa ação não represente custo adicional, especialmente para os produtores que atuam em propriedades de até 100 hectares”, concluiu.