Seirdh realiza sessão de cinema audiodescritivo para usuários do CIIR
Parceria fortaleceu acessibilidade cultural para pessoas com deficiência visual

Nesta terça-feira (23), o governo do Pará, por meio da Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), em parceria com o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), realizou uma programação alusiva à Semana do Cinema Audiodescritivo, no auditório do CIIR, em Belém.
A sessão, voltada para pessoas cegas e com baixa visão que são atendidas pelo centro de reabilitação, exibiu o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. A produção brasileira, vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional, promoveu uma reflexão profunda sobre a ditadura militar e destacou a importância da resistência e da preservação da democracia.

De acordo com Jacinete Teixeira, gerente de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Seirdh, para promover a acessibilidade é preciso pensar em possibilidades de atendimentos que incluam cultura e lazer. “Nós sabemos que existe uma dificuldade no acesso à cultura para as pessoas com deficiência. Então, pensamos nessa parceria para possibilitar que as pessoas que já são atendidas pelo CIIR tenham esse momento, porque entendemos que essa oportunidade é cultura, é lazer, é inclusão social”, enfatizou.

“Trazer mais inclusão para o nosso público, por meio de um filme, é algo muito prazeroso. Damos oportunidade para que eles possam participar de uma forma ativa na nossa cultura e na nossa sociedade”, ressaltou a coordenadora pedagógica do CIIR, Luciana Maués.
Acessibilidade
A audiodescrição é um recurso que traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas com deficiência visual compreendam conteúdos audiovisuais. E foi com o auxílio desse recurso que o usuário Luiz Otávio Silva, de 74 anos, pode finalmente ter a experiência completa do filme. Ele conta que sempre teve vontade de conhecer a obra, mas devido à baixa visão e à falta de acessibilidade nos cinemas, ainda não havia tido essa oportunidade. “Eu tinha vontade de conhecer o filme, mas como eu tenho baixa visão, preciso de alguém do meu lado. Infelizmente, nem todos os cinemas são adaptados, por isso, eu não vou. Às vezes, eu vou só para ficar ouvindo. Mas, hoje, realizei o meu desejo de assistir a esse filme”, afirmou.

Texto de Rebeca Costa/ Ascom Seirdh