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Hospital Metropolitano apresenta protocolo de captação de órgãos em evento

Equipe compartilha experiências com estudantes e profissionais da saúde em Belém

Por Alberto Dergan (HMUE)
29/09/2025 19h25

Referência no atendimento a pacientes com traumas de média e alta complexidade, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), que integra a rede de saúde pública do governo do Pará, recebe diariamente pessoas que podem ser elegíveis a doar órgãos e tecidos.

Para falar sobre esse assunto, o fluxo assistencial e a complexidade do processo, profissionais assistenciais da unidade, localizada em Ananindeua, participaram, na tarde desta segunda-feira (29), de um evento voltado a estudantes e profissionais da área da saúde em uma faculdade de Belém. A atividade teve como temática a troca de experiências sobre captação de órgãos e foi uma extensão da semana de programações realizadas dentro da campanha Setembro Verde.

No Metropolitano, a doação de fígados e rins só pode ocorrer se o paciente internado evoluir para Morte Encefálica (ME), condição caracterizada pela perda irreversível de todas as funções cerebrais, incluindo o controle da respiração e funções que sustentam batimentos cardíacos e pressão arterial. Para confirmar esse quadro, o hospital segue rigoroso protocolo que inclui a realização de exames e a emissão de pareceres por três médicos experientes.

Do diagnóstico à doação

Com a confirmação do quadro, é ativado o protocolo de captação, que envolve a autorização da família e a comunicação imediata à Central Estadual de Transplantes (CET-PA). Todo o processo é acompanhado pela equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).

Em 2024, o HMUE foi responsável por 33,3% das captações realizadas no Pará, seguindo rigorosamente todos os critérios estabelecidos. De 2023 a 2025, foram registradas 150 captações de órgãos e tecidos.

Referência no Pará

No evento, os especialistas apresentaram a estrutura e os protocolos adotados pelo hospital no processo de captação, destacando a importância da integração entre a rede hospitalar e os futuros profissionais da saúde.

A apresentação foi conduzida pela CIHDOTT do HMUE, setor responsável por organizar, orientar e executar as ações que viabilizam a doação de órgãos dentro da instituição. O coordenador da Comissão, Luan Jaques, destacou a relevância do encontro. “Participar desse momento é muito importante, porque nos permite compartilhar nossa experiência prática com estudantes e profissionais que estarão, em breve, diretamente envolvidos nos cuidados de saúde. O Hospital Metropolitano, pelo perfil assistencial que possui, é hoje um dos que mais contribuem para a rede estadual de captação de órgãos, auxiliando a salvar muitas vidas”, destacou.

A estudante Waldimeire da Silva, do 4º período de enfermagem, participou da atividade e se surpreendeu com todo o fluxo realizado no hospital. “Já havia pesquisado de forma superficial sobre o assunto e gostei demais de conhecer mais profundamente. São conhecimentos que contribuem tanto pessoal quanto profissionalmente. Já declarei em casa que sou doadora”, frisou.