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Socioeducandos contribuem para revisão do Projeto Político Institucional da Fasepa

Oficina realizada na sede da Fundação reforça escuta qualificada e protagonismo juvenil na construção das diretrizes da política socioeducativa do Pará

Por Governo do Pará (SECOM)
30/09/2025 19h44

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) promoveu, na manhã desta terça-feira (30), uma oficina com adolescentes em cumprimento de medida de semiliberdade, com foco na revisão e atualização do Projeto Político Institucional (PPI) do Atendimento Socioeducativo. A ação foi realizada no auditório da sede administrativa da instituição, em Belém, e integra o ciclo de atividades previsto na Portaria nº 641/2025.

A iniciativa marca uma etapa fundamental no processo de construção coletiva do novo PPI, ao garantir espaço de escuta qualificada e participação ativa dos socioeducandos. O objetivo é incorporar suas vivências e sugestões na formulação das diretrizes que norteiam o atendimento socioeducativo no estado do Pará.

Protagonismo juvenil na construção de políticas públicas

Para a assistente social da assessoria da presidência da Fasepa, Mônica Calandrine, ouvir os adolescentes é essencial para o fortalecimento das práticas institucionais. “É um momento rico e de grande importância, pois permite que eles tragam suas experiências e percepções sobre aspectos que podem ser aprimorados, como a qualidade do atendimento socioeducativo, da educação, da relação com as famílias, do direito à saúde integral, da profissionalização, entre outros eixos”, destacou.

Ela reforçou que a participação direta dos adolescentes confere mais legitimidade ao documento. “Envolver os principais atores desse processo, os próprios adolescentes, fortalece a construção coletiva de um documento que irá nortear e qualificar o nosso trabalho”, completou Mônica.

Oficina utilizou técnica de Mapa Mental para estimular diálogo

A atividade foi conduzida pela psicóloga da Diretoria de Atendimento Socioeducativo (DAS), Rosicléa Corecha, com uso da metodologia de Mapa Mental — ferramenta que possibilita a organização e expansão de ideias a partir de palavras-chave. Os participantes refletiram sobre conceitos como dignidade, respeito, acolhimento, diversidade, saúde, educação, trabalho e protagonismo juvenil.

A dinâmica resultou na construção de um painel visual com registros das falas e observações feitas pelos próprios adolescentes, que servirão como base para a análise e consolidação das propostas que integrarão o novo PPI.

Segundo Rosicléa Corecha, a inserção dos adolescentes nesse processo contribui diretamente para a qualificação das práticas institucionais. “O PPI constitui-se como instrumento norteador das práticas e diretrizes no âmbito do atendimento socioeducativo. A inserção dos adolescentes nesse processo é essencial, pois incorpora a perspectiva dos socioeducandos, conferindo legitimidade, humanização e maior efetividade às ações desenvolvidas”, explicou.

Grupo de trabalho e próximas etapas

O grupo de trabalho responsável pela condução das oficinas é composto por servidores de diferentes áreas da Fasepa, entre eles a assistente social Mônica Calandrine; o pedagogo Geraldo Barros; as assistentes sociais Évela Barbosa, Eurides Andrade e Kátia Porfírio (também coordenadora de atendimento socioeducativo da Fasepa); a psicóloga Rosicléa Corecha; a pedagoga Ellen Cardoso; e a servidora da Assessoria de Comunicação Priscila Mastop.

O ciclo de oficinas seguirá até o dia 2 de outubro de 2025, com a realização de atividades semelhantes em outras unidades da Fasepa, incluindo adolescentes em medidas de internação e internação provisória. A proposta reforça o compromisso da instituição com práticas participativas, inclusivas e orientadas à melhoria contínua dos serviços prestados à juventude em cumprimento de medidas socioeducativas.

Texto: Dani Valente (Ascom Fasepa)