Pará apresenta avanços e apoia ações de restauração Florestal na Bacia do Rio Xingu
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), por meio do secretário titular Raul Protázio Romão, participou na terça-feira (30), da abertura do encontro "Edital da Bacia do Rio Xingu" , promovido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), por meio da Iniciativa Floresta Viva. O evento, realizado em Belém, reuniu as organizações selecionadas para a restauração de 700 hectares na bacia do rio Xingu, com o objetivo de apresentar resultados iniciais e definir os próximos passos da agenda de recuperação florestal na Amazônia.
Além da Semas, a mesa de abertura contou com a presença do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da empresa Energisa, do Fundo Vale, da Norte Energia e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), para ampliar a visibilidade das iniciativas apoiadas e evidenciar como se conectam e contribuem para as ações de restauração em escala nacional e regional, promovendo diálogo entre experiências locais, políticas públicas e compromissos estratégicos do Brasil.
Durante o encontro foram apresentados os resultados da Chamada Pública Floresta Viva – Bacia do Rio Xingu, lançada em setembro de 2023, que destina recursos a projetos de recomposição de áreas degradadas e ao fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração florestal na região. Além de financiar as ações de recuperação, os investidores também contribuirão para a capacitação e o fortalecimento da cadeia produtiva da restauração.
Os quatro projetos selecionados são voltados para a restauração ecológica da bacia hidrográfica do rio Xingu. As iniciativas têm como foco a regeneração do ecossistema amazônico, o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis e a promoção da inclusão socioeconômica das comunidades locais.
O secretário Raul Protázio destacou a importância da construção coletiva em torno da agenda de restauração. “É uma satisfação participar desse momento de conexão, reforçando nosso compromisso com a restauração na Amazônia. Esse trabalho deve ser pensado sob dois olhares: o do território, que considera a função ecológica, social ou econômica da restauração e a participação das comunidades locais; e o da cadeia, que envolve sementes, viveiros, implementação e manutenção, exigindo arranjos financeiros que garantam sustentabilidade”, afirmou o secretário.
Raul acrescentou que o Pará já avançou em instrumentos inovadores, como as concessões de restauração. “Um exemplo foi o leilão de hectares já realizado, que vai mobilizar R$ 250 milhões. Outras concessões estão previstas para gerar emprego, renda e fortalecer a economia verde no território”, completou.
A gerente do Departamento do Meio Ambiente do BNDES, Vera Guedes, reforçou o compromisso com a restauração florestal no país
“Celebramos a presença das diversas instituições que apoiam essa jornada, que acreditaram e apostaram conosco no edital Xingu. O BNDES já atua há anos na restauração e, a partir da criação de um fundo de apoio, conseguimos ampliar o impacto ao reunir parceiros públicos e privados. Essa união tem permitido resultados significativos, com a expectativa de alcançar até 18 editais e R$ 460 milhões destinados à restauração em todo o país. Quero reforçar que celebramos a presença dos nossos apoiadores, mas sobretudo ao Estado que está executando os projetos. Esse encontro é fundamental para trocarmos experiências, compreendermos desafios e, juntos, ampliarmos os resultados da restauração", disse.
