CIIR reúne colaboradores, usuários e familiares em pausa coletiva de cuidado e gratidão
Encontro realizado no CIIR e no Cetea promoveu a renovação de esperanças e o fortalecimento de vínculos no encerramento de 2025
Encerrar um ano marcado por aprendizados e conquistas pede pausa, escuta e conexão. Foi com esse propósito que o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) realizou, nesta quarta-feira, 31, a última edição de 2025 do projeto Capelania, estendida também ao Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea). A iniciativa é organizada pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), em parceria com o setor de Arte e Cultura, e é voltada a colaboradores, usuários e familiares.
O encontro propôs um espaço de espiritualidade, partilha e acolhimento, convidando todos a desacelerar e refletir sobre o cuidado coletivo. Pensado como um momento de conexão e afeto, o evento buscou renovar esperanças e encerrar o ano com mais leveza e significado, respeitando a diversidade religiosa presente no ambiente institucional e reforçando a importância do cuidado integral.
No CIIR, o momento interreligioso foi mediado pela personagem Nanna Chorona, interpretada pela professora de Teatro da unidade, Paula Barros. A mediação artística trouxe sensibilidade e leveza ao encontro, favorecendo a escuta e a aproximação entre os participantes. As facilitadoras foram as colaboradoras Michele da Silva, do Ministério de Música Totus Tuus Marie, da Igreja Católica, e Odiw Falcão, da igreja Assembleia de Deus, fortalecendo a proposta de diálogo e respeito entre diferentes expressões de fé.
No Cetea, o encontro teve como facilitadores Alanna Julie, pastora da Missão Cristã Elim, e Evandro Reis, membro da Igreja da Sé e do Prelado da Opus Dei. Assim como no CIIR, o momento interreligioso foi marcado pela união, escuta e acolhimento, alinhados à missão institucional de promover um cuidado cada vez mais humanizado.
Tradição, acolhimento e integração
Um dos momentos mais simbólicos do encontro foi o tradicional Abraço Fraterno Coletivo, gesto que integra a cultura institucional do CIIR. Para Ivana Pimentel, presidente do GTH, a ação representa um encerramento carregado de significado. “É um momento que a gente faz tradicionalmente aqui no CIIR, justamente para terminarmos o ano cheios de esperança e gratidão, agradecendo pelas conquistas e reforçando a importância do trabalho de cada colaborador”, destacou.
Ivana ressaltou ainda que a humanização no ambiente de saúde está presente em cada atitude cotidiana. Segundo ela, o abraço coletivo reforça o impacto do trabalho realizado e renova as expectativas para o próximo ano, fortalecendo o compromisso com a excelência no atendimento e com o acolhimento aos usuários e familiares.
Público – A importância do respeito entre diferentes crenças foi destacada por Cleyde Pinheiro, 42 anos, dona de casa, moradora da Vila do Cravo, interior do município do Acará, e mãe de Victória Rafaelly, de 9 anos, usuária da reabilitação há dois anos. Evangélica da Assembleia de Deus, ela ressaltou o caráter plural do encontro. “Foi um momento muito lindo, com pessoas de várias denominações religiosas, todas respeitando a fé do outro e unidas”, relatou.
Ela também enfatizou o acolhimento recebido e os avanços conquistados ao longo do acompanhamento da filha. “Tenho uma admiração imensa pelos profissionais, pois minha filha avançou muito com o trabalho desenvolvido aqui no CIIR”, afirmou.
Para os colaboradores, o encontro representou um momento de fortalecimento emocional e espiritual. Fabrícia Santos, assistente de Compras do CIIR, destacou a sensação de acolhimento proporcionada pela iniciativa. “Ao fecharmos os olhos, sentimos a presença de Deus. É um momento de conforto, cura e renovação. A gente sai mais leve, mais fortalecida espiritualmente. Participar da Capelania é muito bom para nós colaboradores, para a equipe, para os usuários e seus acompanhantes”, afirmou.
O encerramento da Capelania de 2025 reafirma o compromisso do CIIR e do Cetea com a humanização do cuidado, valorizando a escuta, o respeito às diferenças e o fortalecimento de vínculos. Um momento coletivo que integra espiritualidade, afeto e empatia, projetando para 2026 a continuidade de um trabalho pautado no cuidado integral e na valorização das pessoas.
Referência no atendimento às PcD
O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcD) visual, física, auditiva e intelectual. O acesso aos serviços se dá por meio de encaminhamento das unidades de saúde municipais, via Central de Regulação, que direciona os casos ao Sistema de Regulação Estadual (SER), conforme o perfil de cada usuário.
Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) é uma unidade do Governo do Pará, administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Fica localizado na odovia Arthur Bernardes, nº 1000, bairro Val-de-Cães, Belém.
Já o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) funciona na rua Presidente Pernambuco, nº 489, bairro Batista Campos, também em Belém.
Texto de Tarcísio Barbosa - Ascom CIIR
