Ideflor-Bio reforça compromisso com a equidade racial ao apresentar ações em defesa de povos indígenas no TCE-PA
Na oportunidade, o Instituto destacou suas ações desenvolvidas junto aos povos indígenas, evidenciando a importância desses grupos para a conservação ambiental e para a promoção da justiça climática

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) participou, na quarta-feira (1º), da Jornada para a Equidade Racial, promovida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA). O evento integra a agenda do Pacto pela Equidade Racial, assinado por diversos órgãos governamentais e não governamentais, entre eles o Ideflor-Bio, que reafirmou sua adesão com a apresentação de iniciativas voltadas aos povos e comunidades tradicionais do estado.
Durante o encontro, o Ideflor-Bio destacou suas ações desenvolvidas junto aos povos indígenas, evidenciando a importância da conservação da biodiversidade e a necessidade de estabelecer mecanismos governamentais de justiça climática para povos indígenas.
Na oportunidade, o Instituto foi representado pela analista ambiental Cláudia Kahwage, que apresentou ainda uma nota técnica inédita que aborda a atuação dos órgãos estaduais na gestão ambiental de Terras Indígenas no Pará, enfatizando o papel estratégico desses territórios na proteção da biodiversidade e no enfrentamento das mudanças climáticas.
A nota técnica - Atuação dos Órgãos Estaduais na Gestão Ambiental de Terras Indígenas no Pará - propõe a criação de um Sistema Estadual de Gestão Ambiental de Terras Indígenas (Segati). O documento, elaborado por equipes técnicas da Diretoria de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, detalha a relevância dos territórios indígenas, que somam cerca de 30 milhões de hectares no estado, e apresenta recomendações para fortalecer a articulação entre União, Estado e municípios na proteção dessas áreas.

Engajamento - Ao levar o conteúdo para a Jornada, o Ideflor-Bio convidou outros órgãos públicos a se engajarem em um esforço conjunto pela defesa dos territórios tradicionais, ressaltando que a proteção das Terras Indígenas não é apenas uma pauta ambiental, mas também uma ação de justiça social, climática e racial. Segundo Cláudia Kahwage, assegurar a integridade dessas áreas significa garantir água, biodiversidade e estabilidade climática não apenas para as comunidades originárias, mas para toda a sociedade.
“A participação do Instituto no evento também reforçou a centralidade da agenda étnico-racial em suas políticas. Além da atuação em Terras Indígenas, o Ideflor-Bio apresentou ações voltadas a comunidades quilombolas do Pará, com foco na valorização da sociobiodiversidade e no apoio ao desenvolvimento sustentável. Essas iniciativas dialogam diretamente com os compromissos assumidos pelo Estado ao aderir ao pacto, que busca integrar esforços para a redução de desigualdades históricas”, enfatizou.
Como parte simbólica de sua contribuição, o Ideflor-Bio doou ao acervo da biblioteca do TCE exemplares das publicações já lançadas sobre Terras Indígenas, consolidando o compartilhamento de informações técnicas e científicas. O gesto reafirma a importância do conhecimento como ferramenta de transformação social e de fortalecimento da equidade racial, ao mesmo tempo em que amplia o acesso a materiais que documentam a relação entre povos tradicionais e a conservação da Amazônia.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou que a adesão do órgão ao pacto é um compromisso do Governo do Pará com políticas inclusivas e sustentáveis. “A equidade racial e a justiça climática caminham juntas. Reconhecer o papel dos povos indígenas na conservação da floresta é reconhecer que não há futuro sustentável sem a valorização de quem historicamente protegeu esses territórios”, afirmou.
Vale destacar que o Ideflor-Bio tem reforçado seu protagonismo na agenda ambiental e social do Pará, demonstrando que a gestão florestal e da biodiversidade deve ser conduzida de forma integrada, considerando dimensões culturais, étnicas e de justiça climática.