Hospital Regional de Marabá reforça práticas de segurança que salvam vidas
Profissionais são capacitados para responder com precisão diante de emergências que exigem ação imediata
No cuidado com a vida, cada segundo importa. No Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, essa não é apenas uma frase inspiradora, mas uma rotina levada a sério. Entre os protocolos que asseguram a excelência na assistência está o de Reanimação Cardiopulmonar (RCP), fundamental para que as equipes atuem com agilidade e precisão diante de uma Parada Cardiorrespiratória (PCR).
A enfermeira Pamela Tortola, que atua na unidade do Governo do Pará, explica que o protocolo de RCP é um instrumento essencial no enfrentamento de emergências hospitalares e que seu êxito está diretamente ligado ao preparo contínuo das equipes.
“Participamos de treinamentos frequentes, que simulam o ambiente real de uma situação crítica. Cada passo é ensaiado para que, diante de qualquer intercorrência, todos saibam o que fazer. Essa prontidão é o que garante a diferença entre a vida e a morte”, destacou.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aproximadamente 400 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência de doenças cardiovasculares, muitas delas associadas à parada cardiorrespiratória. O dado reforça a importância de manter equipes treinadas e prontas para agir com rapidez para salvar vidas.
Texto de Ederson de Oliveira
Cada segundo conta na luta pela vida
Essas capacitações contínuas tornam-se ainda mais essenciais diante da gravidade de uma parada cardiorrespiratória, situação em que cada segundo pode definir o desfecho da vida de um paciente. O diretor assistencial do hospital, Alan Ferreira, explica que o quadro ocorre quando há interrupção súbita da circulação sanguínea e dos batimentos cardíacos, exigindo resposta imediata e coordenada da equipe multiprofissional.
“Em segundos, o paciente perde a consciência e, se o cérebro ficar de quatro a seis minutos sem oxigênio, as chances de sobrevivência diminuem drasticamente. A agilidade e o preparo da equipe são decisivos para salvar vidas”, afirmou o diretor.
A confiança no preparo técnico também é sentida por quem está sob os cuidados da unidade. José Ferreira, de 58 anos, morador de Marabá, na região de Carajás, internado para uma cirurgia ortopédica, conta que se sente mais tranquilo ao ver o comprometimento das equipes. “A gente se sente mais seguro. Ver que eles treinam e estão sempre prontos passa confiança, porque a vida da gente pode depender de segundos”, relatou o paciente.
Os profissionais habilitados para realizar as manobras de reanimação seguem protocolos rigorosos que orientam cada passo do atendimento, desde a identificação da parada até o uso do desfibrilador e das técnicas de ventilação. Com uma atuação coordenada a equipe assegura resposta rápida e eficaz em situações críticas, garantindo mais vidas salvas.
Capacitação
As ações de capacitação no Regional de Marabá gerenciado pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), são desenvolvidas pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP), que durante o ano promove periodicamente treinamentos para os profissionais da instituição.
Flávio Marconsini, diretor executivo do hospital, enfatizou que a capacitação constante é parte essencial da missão da unidade. Segundo ele, manter as equipes treinadas garante que o cuidado prestado seja sempre de excelência, mesmo nas situações mais críticas. “O preparo técnico é o que transforma o conhecimento em ação e o protocolo em vida. Cada simulação, cada atualização, representa mais segurança para o paciente”, destacou.
Estrutura: O atendimento no Hospital Regional de Marabá é 100% gratuito, realizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade conta com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
