Polícia Civil prende, em flagrante, casal suspeito pela morte de bebê, em Ananindeua
A mulher saiu para buscar dinheiro oriundo da venda de drogas e o companheiro confessou em depoimento que perdeu a paciência quando o bebê acordou chorando, motivo pelo qual arremessou a criança ao chão
Na noite desta quinta-feira (6), a Polícia Civil, por meio da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA/Ananindeua), vinculada à Diretoria de Atendimento à Grupos Vulneráveis (DAV), realizou a prisão em flagrante de um homem e uma mulher, apontados como responsáveis pela morte de um bebê, em Ananindeua.
“Nossa equipe da DATA foi acionada para apurar a ocorrência após o bebê de dez meses dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro do Aurá, em Ananindeua. Inicialmente, a mãe da criança alegou que teria deixado o bebê aos cuidados do companheiro, durante a madrugada, para buscar um valor em dinheiro. Ao retornar à residência, o filho já estava na unidade de saúde, após ser socorrido por vizinhos por provável engasgo”, contou a delegada Camila Jeha, responsável pelo caso.
Após a constatação do óbito, o corpo do bebê foi encaminhado para perícias, que apontaram que a criança apresentava sinais de violência. Ao longo do dia, testemunhas foram ouvidas e, diante dos fatos apresentados, a mãe do bebê foi autuada em flagrante por omissão, por deixar a criança aos cuidados do companheiro, que havia passado o dia utilizando entorpecentes.
“Nós conseguimos apurar, ainda, que a mulher teria saído para buscar dinheiro oriundo da venda de drogas, e o companheiro, que tem antecedentes criminais por roubo e por integrar facção criminosa, agrediu a criança. Em depoimento, o suspeito tentou negar qualquer ato de violência contra o bebê, no entanto, diante das evidências apresentadas, ele admitiu que dormia ao lado da vítima e perdeu a paciência quando o bebê acordou chorando, motivo pelo qual o teria arremessado ao chão. Para dissimular a agressão, começou a gritar por socorro aos vizinhos, alegando que a criança teria desmaiado”, continuou a delegada.
A ação policial contou ainda com o apoio do Grupo de Trabalho de Apoio à Vulneráveis (GTV), vinculado ao Núcleo de Inteligência Policial (NIP), da Delegacia do Aurá e da Polícia Militar. Após os autos de prisão em flagrante, os suspeitos foram conduzidos para a realização dos procedimentos legais cabíveis e encaminhados à Justiça.
Texto: Wander Lima, com colaboração de Jeniffer Terra - Ascom PC.
