Setur participa de painel sobre turismo cultural e economia criativa na Green Zone
Representantes do poder público debateram um turismo que respeite tradições locais, integrado à cultura e à economia criativa, como vetor de desenvolvimento
A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) integrou o painel Turismo Cultural: conectando tradição, comunidade e cultura”, nesta segunda-feira (10), no primeiro dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. O evento foi realizado no estande do Ministério do Turismo, “Conheça o Brasil”, instalado na Green Zone, no Parque da Cidade.
No painel, representantes do poder público debateram temas como turismo de base comunitária, turismo regenerativo, papel da cultura na construção de um turismo mais sustentável e que respeite as tradições locais, e integração entre cultura, economia criativa e turismo como vetor de desenvolvimento.
Participaram do evento a secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura, Claudia Leitão; o titular da Setur, Eduardo Costa, e a secretária municipal de Turismo de Belém, Cilene Sabino.
Essência do paraense - O secretário Eduardo Costa destacou que o turismo cultural é muito forte no Pará, baseado em uma cultura ancestral, que une sincretismo, gastronomia, heranças dos colonizadores e artesanato, que formam a essência do que é ser paraense. "Esse momento de COP é a hora de dar visibilidade e mostrar toda a nossa riqueza cultural, nossa identidade para o mundo. Quem vem para cá, vai encontrar uma cidade transformada, com parques lineares, novos equipamentos culturais e turísticos, uma cidade com investimentos do governo do Estado, que vão ficar para todos, movimentar o turismo em todos os anos. Turismo que também será ampliado com o aumento da malha aérea, mais conectividade dos novos voos e com o Porto de Outeiro, onde os navios que já vinham para o Estado vão poder ancorar", ressaltou.
Eduardo Costa citou ainda outras iniciativas, como a Rota do Chocolate do Combu, que valoriza produtos regionais e fortalece a economia criativa.
A secretária Cilene Sabino ressaltou a força da identidade cultural paraense e o potencial do turismo para divulgar a riqueza de Belém, que ganhou recentemente o título de Capital Mundial do Brega. “As pessoas vêm pela nossa cultura. Querem conhecer nossa música, nossa culinária e nossas tradições. Belém tem muito a mostrar e a oferecer: do carimbó ao tacacá, do brega à maniçoba”, disse Cilene Sabino.
Ecossistema - Já a secretária Cláudia Leitão, que abordou a economia criativa, ressaltou a importância de políticas públicas integradas para fortalecer a economia criativa e o turismo sustentável no Brasil. "Falar de economia criativa é muito importante. Mais do que isso, é importante formular, implementar e monitorar políticas públicas para essa economia. Eu estou falando de segmentos culturais e criativos, que vivem num ecossistema, e esse ecossistema precisa ser bastante estruturante, para que nós possamos permitir que o território produza, ao mesmo tempo que os usos do território não sejam nocivos ao planeta", afirmou.
A secretária frisou também que a cultura é um grande ativo do turismo responsável, do turismo criativo, de experiência. "Turismo que precisa reconhecer a alteridade (capacidade de enxergar humanidade nos outros) dos territórios, as dinâmicas econômicas que precisam ser respeitadas dos modos de criar, dos modos de produzir, de comercializar, distribuir e consumir", complementou.
"Conheça o Brasil" - Após o painel, aberto oficialmente o estande do Ministério, com a presença do ministro Celso Sabino, ao lado do mascote da COP30, o Curupira, e do Cordão da Bicharada, que reúne adultos e crianças vestidos da animais da fauna amazônica, oriundo do município de Cametá, no nordeste paraense.
Denominado “Conheça o Brasil”, o estande sediará uma série de painéis, ativações e lançamentos, que reafirmam o compromisso do País com um turismo sustentável, inclusivo e de baixo carbono. O primeiro dia de atividades foi inteiramente dedicado à Amazônia, destacando a diversidade cultural e a força das comunidades tradicionais.
