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Pará se destaca com boas práticas das Bases Fluviais e Operação Curupira em publicação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Belém

De oito iniciativas de segurança pública, o Pará desenvolve duas ações que têm sido fundamentais para o enfrentamento à criminalidade

Por Roberta Meireles (SEGUP)
10/11/2025 22h48

Com o tema “Experiências promissoras de prevenção e enfrentamento ao crime e à violência na Amazônia”, a Cartografia da Violência na Amazônia foi lançada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nesta segunda-feira (10), na Casa Amazônia, em Belém. O estudo mantém o destaque para boas práticas de segurança pública implementadas no Pará como as Bases Fluviais e a Operação Curupira. 

O estudo tem como objetivo reunir não apenas os desafios para o combate ao crime organizado na Amazônia, mas demonstrar as iniciativas que precisam ser valorizadas e destacar o potencial que elas têm de gerar impactos promissores no controle do crime, na prevenção da violência e na promoção de direitos para territórios e populações na região. 

De oito iniciativas de segurança pública e proteção territorial na Amazônia brasileira destacadas no estudo, o Pará se destaca com as Bases Integradas Fluviais “Antonio Lemos” e “Candiru” que têm sido fundamentais no combate ao narcotráfico, crimes ambientais e a pirataria fluvial por meio da presença permanente e da integração interagências.  

Além da “Operação Curupira”, voltada à fiscalização e combate ao desmatamento no Pará e a outros crimes interligados. 
Presente no lançamento, o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, enfatizou a satisfação em ver que de oito iniciativas lançadas no estudo desenvolvido pelo Fórum Brasileiro, duas são do Pará e têm sido exitosas.

“Estamos felizes em poder ganhar destaque positivo em mais um estudo do Fórum Brasileiro, dessa vez na Cartografia da Violência na Amazônia, apresentado a todos com detalhamentos operacionais e dados sobre os investimentos e práticas exitosas a partir das nossas Bases Fluviais e da Operação Curupira. Ambas iniciativas vêm sendo fundamentais para o combate ao narcotráfico, crimes ambientais e outros crimes que são oriundos desses. Esse estudo divulgado hoje demonstra a importância da integração das forças de segurança que atuam diariamente nessas ações e auxiliam na redução dos crimes em nosso estado”, disse Ualame Machado.

Bases Fluviais de Segurança Pública 

Conforme o estudo, a implementação das Bases Fluviais no Pará, desde junho de 2022 no arquipélago do Marajó e setembro de 2024 no Baixo Amazonas, marca uma política de presença permanente do Estado em pontos estratégicos não apenas para a Segurança Pública, mas para fiscalizações de órgãos em diferentes campos que, atuando de maneira integrada, conseguem otimizar e compartilhar a estrutura existente.

As bases foram construídas considerando o complexo sistema hidroviário amazônico, que funciona como meio de transporte para populações de diferentes municípios/estados. Esse contexto torna os rios corredores estratégicos não apenas para o fluxo social e econômico, mas também para as dinâmicas criminais - em especial o tráfico de drogas, que tem apresentado variação expressiva nos últimos anos. 

Conforme os dados divulgados no estudo, tendo como fonte a Segup, entre 2019 e 2024, as apreensões de cocaína no Pará cresceram 212,9%. O pico de apreensões no estado ocorreu em 2020, quando foram apreendidos quase 7 mil quilos da droga. Já em relação à maconha, o volume apreendido subiu 75,7% entre 2023 e 2024, atingindo mais de 10 mil quilos - o maior registro da série histórica. Os dados demonstram a importância das apreensões efetuadas nos rios amazônicos e a necessidade de aprimorar as estratégias de fiscalização e controle territorial por via fluvial.

Operação Curupira 

A Operação Curupira, coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) e Segup, teve início em fevereiro de 2023 em áreas com maior índices de desmatamento, segue atuando com três bases fixas nos municípios Uruará, Novo Progresso e São Félix do Xingu. As ações têm sido fundamentais para o combate a crimes ambientais e outros ilícitos nessas regiões, como destacado no estudo. 

Dentre os resultados das ações da Curupira, alguns ganharam destaque no estudo: 

Em 66 fases, foram realizadas 1.792 incitações de fiscalização na Operação Curupira, que resultaram na apreensão de 215 armas de fogo, 691  munições, mais de 1.400 maquinários apreendidos, 95 prisões e 180 intimações da polícia civil. 

“Além de todos os resultados operacionais e o enfrentamento à criminalidade a partir da curupira, o estado tem garantido uma redução contínua no desmatamento, o que demonstra a efetividade das ações realizadas continuamente por meio da operação. Costumo afirmar que a integração faz toda a diferença, e as ações conjuntas e todo o investimento realizado mostram a importância de trabalharmos investimentos promissores como esses em nosso estado”, disse o titular da Segup Ualame Machado