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Ideflor-Bio e UFPA firmam acordo para avançar em pesquisas socioambientais e criar o Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Marajó

A cerimônia contou com a presença de autoridades, pesquisadores, estudantes e convidados, entre eles o subsecretário-geral das Nações Unidas e diretor executivo do Escritório de Serviços para Projetos (UNOPS), Jorge Moreira da Silva

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
10/11/2025 22h53

O Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para execução de projetos conjuntos voltados ao fortalecimento da agenda socioambiental no estado. Entre as ações previstas está a elaboração do Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Arquipélago do Marajó, uma demanda histórica e estratégica para o desenvolvimento sustentável da região. 

A cerimônia ocorreu durante o evento “Conexões Amazônicas: Justiça Climática e COP30”, nesta segunda-feira (10), promovido pelo Núcleo de Meio Ambiente (Numa/UFPA), que segue até esta quarta-feira (13), em Belém. O ato contou com a presença de autoridades, pesquisadores, estudantes e convidados, entre eles o subsecretário-geral das Nações Unidas e diretor executivo do Escritório de Serviços para Projetos (UNOPS), Jorge Moreira da Silva, que cumpriu agenda institucional na UFPA durante o evento. 

O ACT foi assinado pelo presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, e pelo reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva. O documento estabelece cooperação para execução descentralizada de pesquisas, estudos e atividades de extensão, com foco em temas socioambientais. As ações serão coordenadas pelo Numa, unidade da UFPA dedicada à produção científica, formação e desenvolvimento de políticas públicas na área ambiental.

Avanço em pesquisas - Durante a assinatura, o presidente do Ideflor-Bio destacou a dimensão e importância da parceria, especialmente para o avanço de políticas públicas baseadas em ciência. “É uma honra e um avanço enorme para o Ideflor-Bio. O Instituto gerencia 29 unidades de conservação da natureza, mais de 200 mil quilômetros quadrados de áreas protegidas em diversas categorias. Disponibilizar essas áreas para estudos é fundamental para que a pesquisa seja convertida em benefícios para a população. Com a Universidade, e através do Numa, damos um passo importante”, afirmou.

Nilson Pinto também ressaltou que uma das primeiras ações do ACT será a construção das bases para o Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Marajó. Ele lembrou que o Pará concluiu seu macrozoneamento estadual em 2005, mas deixou o arquipélago de fora. “Até hoje, o Marajó paga o preço por essa ausência. Estamos pedindo ao Numa, com a liderança do Dr. Gilberto, que foi um dos responsáveis pelo macrozoneamento anterior, que complete o trabalho. Isso tem a ver com justiça social, com justiça climática e com a organização territorial para que a população marajoara possa crescer de forma sustentável”, reforçou.

Cooperação - O reitor da UFPA, Gilmar Pereira, celebrou o reencontro institucional com o ex-reitor Nilson Pinto e destacou a relevância do acordo. “É um orgulho poder assinar com você e com o Governo do Estado. Colocar ações teóricas na prática cotidiana é fundamental. O Numa foi criado na sua gestão e é simbólico estarmos agora firmando esse ACT em uma área estratégica do país que é o Marajó. Um arquipélago extraordinário, com uma grande população e desafios históricos. Estamos à disposição para trabalhar juntos pelo desenvolvimento do Pará”, disse.

Gilmar também ressaltou o papel da UFPA no desenvolvimento regional e no fortalecimento da educação e ciência na Amazônia. Ele lembrou que hoje a Universidade é a maior da região e a terceira maior do país, resultado da interiorização e da expansão da pós-graduação. “A UFPA teve um papel extraordinário no desenvolvimento do estado. Isso nos orgulha a todos, e seguiremos contribuindo para transformar realidades e promover conhecimento aplicado”, declarou.

A expectativa das instituições é que os resultados contribuam para qualificar políticas públicas, fortalecer a gestão territorial e ampliar o acesso da população amazônica a soluções sustentáveis, especialmente em regiões historicamente vulneráveis, como o Marajó.