Secretaria de Estado das Mulheres garante Salas de acolhimento às mulheres na COP30
Espaços seguem protocolos com escuta qualificada e encaminhamentos à rede de proteção nos locais oficiais da Conferência Mundial do Clima
Para garantir proteção, orientação e atendimento humanizado às mulheres durante a COP30, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), instalou duas Salas de Acolhimento Psicossocial nos espaços oficiais da Conferência: uma na Blue Zone e outra na Green Zone. Os locais já estão funcionando e contam com equipes multidisciplinares especializadas.
As salas foram estruturadas para atender mulheres brasileiras e estrangeiras em situações de vulnerabilidade, violência ou sofrimento emocional. O atendimento envolve escuta qualificada, orientação, avaliação de risco e encaminhamento à rede de proteção estadual, quando necessário. O serviço é sigiloso, gratuito e garante autonomia à mulher, sem revitimização.
Além da estrutura física, a Semu está realizando ações de abordagem ativa nos espaços da COP30, em parceria com equipes da Fundação ParáPaz, para informar diretamente às mulheres sobre a existência dos pontos de acolhimento. As equipes também explicam sobre como acessar os serviços e orientar sobre o funcionamento do “Ligue 180” com prioridade de atendimento (tecla 0) durante o evento. A abordagem é feita de forma acolhedora e respeitosa, garantindo que nenhuma mulher precise buscar ajuda sozinha.
O presidente da Fundação ParáPaz, Alberto Teixeira, destaca: "Trabalhar em parceria com a Semu reforça nosso compromisso com a proteção e o cuidado com as mulheres. Montamos uma equipe multidisciplinar preparada com assistentes sociais, psicólogas e orientação jurídica para oferecer acolhimento, escuta e o encaminhamento necessário.”
A coordenadora da Mulher da Fundação ParáPaz, Patrícia Potiguar, afirma que o espaço foi planejado para garantir acolhimento e segurança às mulheres durante o evento. Ela ressalta que “é uma presença fundamental para as mulheres nesse grande evento que reúne pessoas do mundo inteiro. Preparamos uma sala reservada e discreta, voltada exclusivamente para atender as mulheres com segurança e sigilo, onde ela pode nos procurar sem medo".
A iniciativa é coordenada pela Semu, com o apoio da Fundação ParáPaz, Casa da Mulher Brasileira, Comissão da Mulher Advogada da OAB/PA, Secretaria de Assistência Social (Seaster) e Ministério das Mulheres. Durante a COP30, o canal de denúncia “Ligue 180” opera com atendimento prioritário imediato ao acionar a tecla 0, para quem estiver em Belém.
“A COP30 acontece em nosso território e queremos que ela seja também um ambiente seguro para todas as mulheres. Sabemos que grandes eventos mobilizam públicos diversos, e podem surgir situações de vulnerabilidade. Por isso, estruturamos salas com equipes preparadas para acolher, orientar e encaminhar. O acolhimento é uma política concreta de cuidado. No Pará, nenhuma mulher estará sozinha”, afirmou a secretária de Estado das Mulheres, Paula Gomes.
A diretora de Políticas para Mulheres da Semu, Márcia Jorge, destaca que o trabalho é coletivo e baseado na articulação da rede: “Recebemos o convite da coordenação da COP30 para organizar esse atendimento e acionamos a nossa rede de proteção. Formamos uma força-tarefa com profissionais do ParáPaz, da OAB e da Seaster, para que as mulheres que procurarem ajuda encontrem equipes preparadas e experientes".
"O objetivo é garantir acolhimento, orientação e encaminhamento seguro. Também reforçamos a parceria com o Ministério das Mulheres, por meio do 180 com tecla zero, garantindo que qualquer mulher presente na COP tenha acesso rápido à informação e proteção”, acrescentou a diretora da Semu, Márcia Jorge.
As salas seguem protocolos de atendimento psicossocial e fluxo de encaminhamento alinhado aos serviços estaduais, como Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referência, delegacias especializadas e Defensoria Pública.
Serviço:
Salas de Acolhimento para Mulheres na COP30Período: de 10 a 20 de novembro
Locais: Blue Zone e Green Zone da COP30
Atendimento: psicossocial, jurídico e orientação multilíngue
Texto de Gabryella Pompeu / Ascom Semu
