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Pará destaca ações de saúde voltadas aos povos tradicionais durante painel do AdaptaSUS na COP30

Sespa compartilha experiências com atenção especializada para quilombolas e reforça compromisso com a equidade no SUS

Por Governo do Pará (SECOM)
13/11/2025 22h27

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), participou do painel “AdaptaSUS - Adaptação do Setor Saúde com Participação Social e Diálogos Interfederativos”, realizado nesta quinta-feira (13) no Pavilhão Brasil, na Zona Verde da COP30. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde, reuniu gestores e especialistas para debater estratégias que fortaleçam a resposta do Sistema Único de Saúde (SUS) frente aos impactos das mudanças climáticas, com ênfase na atenção aos povos tradicionais.

Representando a Sespa, a secretária adjunta de Saúde do Pará, Dra. Heloísa Guimarães, apresentou experiências do Estado na construção de políticas públicas voltadas às comunidades quilombolas, ribeirinhas e povos indígenas, destacando a importância de modelos de atenção sensíveis à realidade amazônica.

Saúde e clima: integração entre territórios e saberes

O painel integrou a programação oficial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), sediada em Belém, e reuniu autoridades como a secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud; o economista-chefe do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, Erik Berglöf; o coordenador de Mudança do Clima e Equidade, Emerson Soares; e a presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano.

A proposta do AdaptaSUS é fortalecer o setor saúde frente às emergências climáticas, por meio de 27 metas e 93 ações organizadas em quatro eixos estratégicos: Vigilância; Atenção; Promoção e Educação em Saúde; e Ciência, Tecnologia e Inovação. O plano parte da compreensão das vulnerabilidades territoriais e valoriza o diálogo entre diferentes formas de cuidado e de conhecimento.

Durante sua participação, Dra. Heloísa Guimarães destacou o papel da equidade na construção de um SUS adaptado à realidade amazônica. “É uma oportunidade importante para reafirmarmos a necessidade de modelos de atenção que dialoguem com a realidade amazônica, capazes de alcançar ribeirinhos, povos tradicionais e comunidades quilombolas. Iniciativas como o AdaptaSUS fortalecem esse olhar, ao reconhecer as especificidades da região e apoiar estratégias que contribuam para superar desafios históricos”, afirmou.

Reconhecimento da atenção à população quilombola

O painel foi acompanhado por cerca de 125 pessoas e contou com manifestações do público ao final da apresentação. Para a professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Tany Marin, o debate marca um avanço importante nas políticas públicas.

“Fiquei muito feliz que a Dra. Heloísa trouxe à mesa esse assunto tão importante, evidenciando que a Sespa está direcionando uma atenção especializada à população quilombola. Já tínhamos para os povos indígenas, e agora ver esse cuidado voltado aos quilombolas, que ocupam amplos territórios no Pará, é muito importante”, declarou.

O professor de teatro Caio Bentes também reforçou a importância do debate. “No Pará, temos uma grande quantidade de quilombos e povos indígenas. Essas populações precisam ser escutadas, para que as políticas e ações cheguem efetivamente a quem precisa”, afirmou.

Compromisso com a equidade

A participação da Sespa no painel reafirma o compromisso do Governo do Pará com a promoção da equidade no SUS e com a construção de políticas públicas que respeitem a diversidade cultural e territorial da Amazônia.

Com iniciativas em andamento para ampliar a cobertura e a qualidade da atenção básica, especializada e em saúde coletiva junto aos povos tradicionais, a Secretaria fortalece o diálogo com as comunidades e contribui para a construção de um sistema de saúde resiliente, inclusivo e adaptado às realidades locais.

Texto: Mariela Oliveira/ ASCOM Sespa