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Seduc é destaque em diálogo sobre Educação Ambiental e sustentabilidade no Pará

Secretaria de Educação participou do debate sobre o letramento climático, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, UNESCO e o Museu Emílio Goeldi

Por Lilian Guedes (SEDUC)
15/11/2025 11h08

No centro das discussões climáticas, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) ganha destaque ao ser o estado pioneiro a implementar o componente curricular Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, em 2024. 

Secretário de Educação, Ricardo Sefer, apresentando as ações realizadas pelas Seduc em relação à temática ambiental

Nesta sexta-feira (14), o titular da Seduc, Ricardo Sefer, participou do encontro promovido pelo BID e Museu Paraense Emílio Goeldi, com o tema: “Avaliando o letramento climático: formando cidadão para um mundo em mudança”, onde apresentou o que a secretaria vem implementando nos últimos anos e os avanços da Educação Ambiental e sustentabilidade no Pará.

O secretário de educação ressaltou o orgulho de ser o estado pioneiro a implementar a disciplina. 

“Eu tenho muito orgulho de fazer parte deste projeto e agora estar à frente da Secretaria de Educação do Pará, que é pioneira da educação brasileira. Nós aprovamos, em 2023, uma lei estadual que instituiu a política de educação ambiental escolar em todos os níveis da educação básica, desde o fundamental 1, fundamental 2 e no Ensino Médio. Nós já vamos completar o segundo ciclo fechado escolar de educação ambiental. Isso é emblemático, é poderoso, ramifica ao resultado emblemático a sociedade paraense. Para vocês terem uma ideia do que é a dimensão da rede pública estadual, nós representamos cerca de um oitavo de toda a população paraense diretamente atendida pelos serviços da educação pública do Pará. São mais de 500 mil estudantes, cerca 530 mil estudantes em um estado que tem população total de 8 milhões de habitantes, são números realmente confundentes. A nossa rede é composta por mais de 40 mil profissionais de educação. Com muito orgulho, com muita honra, eu digo a vocês que a educação ambiental está hoje não como uma obrigação, mas como uma disciplina de responsabilidade, como presente de responsabilidade para o futuro, e ela está no dia a dia efetivo da nossa rede. Não é uma obrigação da lei que a gente cumpre porque está na lei, mas é uma obrigação muito mais, muito anterior, uma obrigação moral”, disse Ricardo Sefer. 

Em sua fala, Ricardo Sefer destacou o eixo central de atuação que é a Política de Educação Formal para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima, instituída pela Lei Estadual nº 9.981 de 2023, que posiciona o Pará na vanguarda da educação climática no Brasil. 

Além disso, ressaltou os investimentos em infraestrutura e suporte pedagógico, como distribuição de materiais didáticos
específicos para os professores e alunos, inclusive em parceria com a UNESCO e o UNICEF, bem como formação continuada e cursos de especialização para os mais de 4 mil docentes que ministram o novo componente como garantia para a efetividade da política transformadora.

Outro fator importante citado foi a criação do Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica (Ciseb), um dos seis eixos da política que  foca na capacitação de professores e no uso de tecnologias modernas, como robótica, para o desenvolvimento de soluções ambientais. 

A programação contou com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que explanaram sobre mudança climática, intervenção do ser humano e do estímulo à projetos em sala de aula que abordem, cada vez mais, sobre a temática climática, para que os alunos se sintam mais empoderados sobre o tema e mudem seus comportamentos, como compras do dia a dia para que sejam mais concientes. O assessor sênior da OCDE,  Mario Piacentini, frisou a importante iniciativa da SEDUC na área de tecnologia e sustentabilidade. 

“O trabalho desenvolvido pela Seduc está fazendo diferença nas escolas. Vi ontem, em visita do CISEB, que a secretaria está mudando a forma de ensino, os professores junto aos alunos criam projetos para melhorar o meio ambiente”, disse Mario Piacentini

Ao final do encontro, o aluno Artur Sanches, do 9° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Dr. Fábio Luz, localizado em Tomé-Açu, recebeu um certificado por conquistar o primeiro lugar no exame “Alfabetização Climática”, realizado pela OCDE em conjunto com a Seduc em uma iniciativa pioneira que busca medir o nível de conhecimento, atitudes e competências dos estudantes em relação às mudanças climáticas.

“É muito gratificante, né, ser o primeiro de estado em uma prova que foi tão difícil como essa. Nós, do Pará, já somos meio que inseridos no meio ambiente e quando chega mais no interior, como eu, que sou de Tomé-Açu, acaba que a gente consegue viver o meio ambiente e isso facilita também pra gente saber algumas coisas”, contou Artur.

Educação Ambiental - Desde o ano letivo de 2024, a rede estadual de ensino conta com o componente curricular Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, criado em alinhamento com a Política Pública de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima, lançada pelo Estado em 5 de junho de 2023.

O estado do Pará é pioneiro em garantir o componente em 100% das escolas estaduais, em todas as etapas de ensino, de forma obrigatória, contando, inclusive, com material didático próprio e regionalizado para potencializar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, além de oferecer formação continuada e especializada para os professores. 

O coordenador de educação ambiental da Seduc, Mauro Tavares, explica o objetivo e a importância da prova 

“Pela primeira vez no mundo é aplicada uma avaliação voltada para os nossos jovens, uma parceria da Seduc com a OCDE que aplica a prova já há alguns anos em vários países do mundo, países signatários, mas sempre abordando as questões relacionadas a Matemática, Linguagem e Ciências. Então, já tem um estudo da OCDE para que se aplique, a partir de 2029, uma avaliação também sobre a alfabetização climática, e o Pará e o Brasil, foi escolhido como piloto para ser aplicado em nossa rede. E hoje nós estamos aqui para celebrar a entrega desse relatório e, principalmente, para a gente se certificar o nosso aluno que teve a maior nota, uma nota excelente acima de 93 pontos, de uma escala que vai de 0 a 100”, explicou o professor