Estudantes da rede pública estadual apresentam na COP30 projetos de iniciação científica
No Pavilhão Pará, os projetos mostraram estudos com serpentes da Amazônia, monitoramento e repelentes naturais
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) apresentou, nesta segunda-feira (17), o painel com o tema “Amazônia que inspira: Iniciação Científica na Floresta", no Pavilhão Pará, na Green Zone da COP30. A iniciativa compõe a Política de Educação Ambiental do Governo do Pará que, desde 2024, implementou o componente curricular obrigatório de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima em todas as etapas do ensino na rede pública.
O encontro, mediado pelo secretário-adjunto de Articulação da Seduc, Diego Maia, reuniu professores e estudantes da Escola Estadual Professora Oneide de Souza Tavares (localizada na Ilha de Cotijuba, pertencente a Belém), e da Escola Estadual Ruth Rosita de Nazaré Gonzales, no Bairro do Marco.
A apresentação dos projetos “Serpentes na Amazônia e o legado terapêutico transmitido pela cultura popular”, “Inovação sustentável para transporte e monitoramento na Amazônia Paraense” e “Cheiro de priprioca, poder da andiroba: O repelente que protege a gente”, reforçou o protagonismo juvenil, mostrando como a ciência está inserida no dia a dia dos estudantes.
Percurso - Para o secretário-adjunto da Seduc, os projetos apresentados demonstram que a disciplina Educação Ambiental está no caminho correto. “Esse painel mostra que o projeto, a política de meio ambiente, a lei, a educação ambiental como componente curricular na grade da Secretaria de Educação vem dando certo, sem deixar de mão a transversalidade de tudo que os professores já fazem, mas com uma grade que organiza esse percurso. Ele mostra o protagonismo da juventude, iniciação científica no Ensino Médio, como foi dito pelos próprios estudantes. Eles mesmos acreditavam que a ciência só poderia ser vista na faculdade. Ver isso desde o Ensino Médio muda percurso de vida, muda a ideia de um curso profissional que iria se fazer, mas não tinha certeza, e hoje, no Ensino Médio, um percurso de projeto de vida mudou o percurso de uma estudante, como a Ana Beatriz, que iria fazer Psicologia, e agora vai fazer Biologia ou Farmácia”, ressaltou Diego Maia.
Um dos painelistas, Carlos Henrique, estudante do Ensino Médio, falou sobre o soro para picada de serpente. “A importância do meu projeto na sociedade, e para o nosso futuro, é trazer a importância do saber tradicional, e como a junção do científico com o popular pode salvar e transformar inúmeras vidas. Minha missão é propagar esse conhecimento e convencer todo mundo de que o Estado, e a Amazônia, têm potencial pra fazer ciência”, disse o estudante.
