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Tecnologia social das EcoBarreiras impulsiona combate ao lixo nos rios e leva discussão a COP30

Painel no Pavilhão Pará mostra como tecnologia simples, gestão integrada e participação comunitária estão transformando a limpeza urbana e a proteção dos rios, retirando toneladas de lixo das águas

Por Jamille Leão (SEMAS)
17/11/2025 22h29

O enfrentamento ao lixo nos rios e a proteção desses ecossistemas, estiveram no centro das discussões do painel “Eco Barreira nos Rios – Projeto EcoBarreiras”, realizado no sábado (15) na Green Zone da COP30, no Pavilhão Pará, sala Miritizeiro. O encontro reuniu gestores públicos, especialistas e representantes de iniciativas sociais para apresentar estratégias conjuntas de combate à poluição hídrica. A Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (SEMAS) foi representada pela analista ambiental Iolene Azevedo, que destacou os avanços e desafios na gestão integrada dos resíduos para o controle do lixo no Oceano. 

Tecnologia social e união institucional impulsionam o EcoBarreiras

O fundador do projeto, Diego Saldanha, abriu o painel reforçando que a expansão do EcoBarreiras depende de articulação entre sociedade, poder público e iniciativa privada. O modelo, já replicado em vários estados, atua com estruturas simples instaladas nos canais urbanos para reter resíduos sólidos antes que alcancem os rios. “Para que o projeto se expanda, ele precisa de pessoas com vontade e da união entre iniciativa privada e poder público. Quando esses dois lados caminham juntos, as coisas realmente acontecem.”, ressaltou Diego.

Com funcionamento regular, a estrutura já apresenta impacto significativo na retenção de resíduos. "Nas obras do parque linear da Tamandaré, realizada pelo Governo do Pará, foi instalado uma das EcoBarreiras em parceria com a prefeitura de Belém. A ecobarreira instalada já está retirando mais de 400 quilos de lixo por semana. Isso mostra como soluções simples, quando apoiadas, geram impacto real.”, concluiu Saldanha.

Avanços na limpeza urbana e inclusão produtiva em Belém

Hoje o reordenamento das políticas municipais de resíduos sólidos, tem como foco a valorização dos trabalhadores e a recuperação de áreas degradadas. Segundo a painelista e representante da pasta em Belém, Pâmela Massoud, a cidade vive uma transformação liderada por equipes antes dedicadas exclusivamente à limpeza urbana. 

“Assumimos a missão de reorganizar a gestão de resíduos em Belém e transformar antigos servidores da limpeza urbana em educadores ambientais. Hoje, eles são protagonistas da mudança que queremos ver na cidade.”, esclareceu Pâmela.

Gestão integrada com ações e aprendizados

Representando o Governo do Pará, a analista ambiental Iolene Azevedo, da SEMAS, reforçou que o enfrentamento ao lixo nos rios e o impacto na zona costeira exige coordenação entre diferentes níveis de governo, além da participação ativa da população. Um link importante para mostrar que os impactos dessa iniciativa precisam ser em cadeia, contando com a cooperação de vários agente e em diversas frentes.

“A gestão costeira é integrada, compartilhada a participativa. Por natureza, ela só funciona com união entre estados, municípios e população trabalhando juntos. Cada um tem um papel essencial na redução do lixo que chega ao oceano", disse Iolene.

Quando se conhece profundamente a realidade local fica mais fácil o diagnóstico participativo, que é o primeiro passo para qualquer ação séria em gestão de resíduos. A analista destacou que "o plano de ação elaborado pela SEMAS pode ser replicado em diferentes municípios da costa paraense, fortalecendo a capacidade local de enfrentamento aos resíduos e tem como foco fortalecer a gestão local, reduzir impactos e beneficiar diretamente a população.”

A experiência do EcoBarreiras, integrada às políticas estaduais e municipais, foi apresentada como um exemplo de como iniciativas simples, quando sustentadas por planejamento e cooperação institucional, geram impacto direto no meio ambiente e na qualidade de vida da população.

Texto Lucas Maciel – ASCOM SEMAS