Escola Técnica de Cametá valoriza a identidade e cultura afro-brasileira
Exposições, apresentações e pesquisas produzidas pelos estudantes, com orientação dos docentes, enfatizam a importância da ancestralidade e da luta contra o racismo
A Escola de Ensino Técnico do Pará - Centro Integrado de Educação do Baixo Tocantins (CIEBT), no município de Cametá, na Região de Integração Tocantins, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), realiza nesta quarta-feira (19) uma programação especial dedicada ao Novembro Negro, mês que celebra a cultura afro-brasileira e reforça o combate ao racismo. As atividades envolvem alunos, servidores, professores e a comunidade em geral.
A programação inclui exposições, apresentações e pesquisas produzidas pelos estudantes, com orientação dos docentes. Entre as atividades, estão teatro musical, exposição de máscaras de orixás, desfile da beleza negra, culinária afro-brasileira, roda de capoeira e exibição de documentários, que reforçam a ancestralidade, a arte e a resistência da população negra.
Construção da identidade - Para a professora Lidiane Gonçalves, que coordena a programação, essas iniciativas são essenciais para promover conhecimento, reflexão e enfrentamento ao preconceito racial. “O racismo se estrutura na sociedade e se manifesta em todos os âmbitos sociais, tentando apagar as contribuições africanas e afro-brasileiras presentes no nosso país. Nesse contexto, a Eetepa Cametá, em sua função social, busca refletir sobre a história de resistência do povo negro e convocar todos a se engajarem na promoção da igualdade racial, no combate ao racismo e na valorização da cultura afro-brasileira”, afirmou.
Ainda segundo a professora, no ambiente escolar o diálogo sobre identidade, história e contribuição da população negra é integrado aos conteúdos curriculares.
Juventude contra o preconceito - Para os alunos, vivenciar essas ações amplia a consciência crítica e fortalece o protagonismo juvenil na luta contra o racismo. O estudante de Informática Antônio Dias ressaltou que “quando a gente aprende mais sobre a história e a força do povo negro, entende porquê essa luta é tão necessária. Isso motiva a gente a se engajar e a assumir um papel mais ativo contra o racismo”.
Aluna do curso de Informática, Maria Eduarda disse que “as oficinas ampliaram meu entendimento sobre representatividade e respeito às tradições de matriz africana”.
Ao promover conhecimento, reflexão e valorização cultural, a Escola Técnica de Cametá reafirma seu compromisso com a formação de jovens conscientes, preparados para reconhecer e enfrentar as desigualdades raciais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Texto: Aurea Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Bruna Ribeiro - Ascom/Sectet
