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Concessões florestais ganham destaque na COP30 como modelo de sustentabilidade e desenvolvimento para o Pará

Os painelistas apresentaram diferentes perspectivas sobre o processo de concessão florestal — desde a formulação das políticas públicas até a execução prática no território

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
21/11/2025 11h09

O Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) apresentou, na quinta-feira (20), no Pavilhão Brasil, na Green Zone da COP30, o painel “Concessões florestais: Caminhos para a sustentabilidade e desenvolvimento do Pará”, reunindo representantes do setor público, privado e da sociedade civil em um debate estratégico sobre o papel das concessões na gestão ambiental, no desenvolvimento local e na proteção da Amazônia.

A mesa foi moderada pela diretora do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Gracialda Ferreira, que conduziu o diálogo sobre inovação, governança e benefícios socioeconômicos associados ao manejo florestal sustentável. 

O painel contou, ainda, com a participação da diretora de Gestão de Florestas Públicas de Produção do Ideflor-Bio, Ana Claudia Simoneti; do diretor de Concessões do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Renato Rosemberg; do secretário especial de Governo de Almeirim, Wallace Galvão; e da vice-presidente da Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais (Confloresta) e diretora de Operações da Comércio Ecológico de Madeira (Cemal), Jéssica Dalmaso. Juntos, os painelistas apresentaram diferentes perspectivas sobre o processo de concessão florestal — desde a formulação das políticas públicas até a execução prática no território.

Para Ana Claudia Simoneti, o painel foi pensado cuidadosamente para aproximar o público do conceito e da importância das concessões florestais no contexto das mudanças climáticas. “A gente fala muito sobre crises climáticas, mas o que podemos fazer usando a floresta para mitigar esses efeitos? As concessões são um modelo de gestão que acreditamos ter esse papel. Reunimos aqui atores que trabalham no setor para falar sobre avanços, desafios e resultados. Foi gratificante ouvir nossos concessionários e parceiros mostrando os benefícios para as comunidades do entorno e para as prefeituras, que reconhecem que a concessão traz melhoria e recursos para implementar ações no território”, afirmou a diretora.

Desenvolvimento territorial - Ao longo da discussão, os painelistas destacaram que as concessões florestais no Pará têm se consolidado como ferramenta de desenvolvimento territorial, geração de renda, conservação da biodiversidade e fortalecimento da bioeconomia. Prefeituras e comunidades beneficiadas têm registrado melhorias em indicadores socioeconômicos, além de maior capacidade de atuar na proteção do patrimônio florestal. A participação do SFB também reforçou a importância da cooperação federativa e da implementação de modelos de manejo sustentável alinhados às diretrizes climáticas do país.

A perspectiva empresarial foi apresentada por Jéssica Dalmaso, que destacou a complexidade e o alcance social das concessões. “É muito importante estar aqui conversando com todos os atores envolvidos — do SFB ao Ideflor-Bio, aos representantes municipais — para entender quantos são os beneficiados. As concessões impactam comunidades locais e municípios com baixos índices de desenvolvimento humano, fortalecendo uma cadeia produtiva que é sustentável, renovável e reutilizável. Mas beneficiam também a proteção florestal, porque a Amazônia só será protegida se conseguirmos inserir atividades bioeconômicas dentro dela e pessoas que ajudem nessa proteção”, afirmou.

Modelos produtivos sustentáveis - Com visões complementares, o painel reforçou que as concessões florestais são mais do que um mecanismo de exploração sustentável da madeira: são uma estratégia de ordenamento territorial, justiça social e desenvolvimento econômico baseado na floresta em pé. Para o Pará, que lidera o maior programa de concessões florestais da Amazônia, o tema ocupa posição central nos compromissos de enfrentamento às mudanças climáticas e de promoção de modelos produtivos sustentáveis.

Encerrando o debate, os representantes do Ideflor-Bio e demais instituições reiteraram que o fortalecimento das concessões florestais é fundamental para gerar impactos positivos duradouros — tanto para a proteção da Amazônia quanto para a melhoria das condições de vida das populações que vivem na floresta e dela dependem.