Extensionistas atuam na implantação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais
Emater envolve mil famílias de Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás, Novo Repartimento, Ourilândia do Norte, Parauapebas, São Félix do Xingu e Tucumã na estruturação do PSA
A etapa preparatória para a estruturação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), tendo à frente a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), prevê, em caráter piloto, envolver mil famílias de Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás, Novo Repartimento, Ourilândia do Norte, Parauapebas, São Félix do Xingu e Tucumã.
São metas do Termo de Execução Descentralizada, celebrado pela Emater com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), no âmbito do Projeto Valoriza Territórios Sustentáveis (Valoriza TS).
A atuação dos extensionistas do Governo do Pará envolve desde a mobilização das comunidades e dos indivíduos, passando por inscrição oficial nos sistemas e levantamento de hectares elegíveis, até o monitoramento da efetivação de cada projeto.
COP30 - Os dados atualizados do PSA com a agricultura familiar no Pará foram apresentados mundialmente, na quinta-feira (20), pela Emater, dentro da programação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Emergências Climáticas (COP30), em Belém.
O painel “Vivências da Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural) da Amazônia para Operacionalização do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)" ocorreu na Agrizone, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no bairro do Marco.
Prática - Em Canaã dos Carajás, só neste ano 50 agricultores já receberam o pagamento, e mais 150 aguardam sua vez. “As modalidades são conservação, regeneração e recuperação. São agricultores que mantêm suas áreas de APP (Preservação Permanente) preservadas, mantêm nascentes preservadas, e que desenvolvem atividades em consonância com os recursos naturais, a exemplo de sistemas agroflorestais (SAFs) consorciados com espécies de madeira de lei ou culturas anuais”, explica o chefe do escritório local da Emater em Canaã dos Carajás, engenheiro ambiental Matheus Sousa, especialista em Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas.
“Eu sempre tive vontade de deixar uma reserva, que tivesse animal, que tivesse macaco. Até hoje temos uma reserva original, uma parte de natureza conservada na propriedade. Hoje, a gente sabe que não pode derrubar tudo, que muito do que derrubamos nunca deveria ter sido mexido, e estamos reflorestando esses espaços, inclusive”, conta Aldaci Cândido Ferreira, 56 anos, atendido pela Emater naquele município e beneficiário do PSA.
Texto: Aline Miranda - Ascom/Emater
