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Hospital Oncológico Infantil promove ações que destacam a humanização no cuidado em saúde

Ações musicais, visita pet, treinamentos e projetos educativos marcaram a programação que destacou a Política Nacional de Humanização e o atendimento centrado no usuário

Por Governo do Pará (SECOM)
28/11/2025 17h41

De 24 a 28 de novembro, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) celebrou a Semana de Humanização, em alusão ao Dia Nacional da Humanização, que transcorre neste sábado (29). Pacientes e familiares participaram de ações como atividades musicais, visita pet, palhaçaria e serviços de beleza. Já os profissionais de saúde receberam orientação sobre Política Nacional de Humanização (PNH). O evento evidenciou a importância do atendimento multidimensional e buscou fortalecer a cultura do atendimento integral.

Este ano, as atividades foram desenvolvidas a partir do tema “Atendimento Humanizado: Cuidado que Acolhe” e apontaram que o atendimento acolhedor é resultado de uma política pública transversal, conhecida como HumanizaSUS. Reformulada em 2003, a PNH destaca a necessidade da interação entre a alta gestão, os profissionais da saúde e os usuários, incluindo a rede de apoio. Reforça a transição de uma assistência "para" o usuário para uma assistência "com" o usuário, garantindo seus direitos e deveres em prol de um Sistema Único de Saúde (SUS), mais qualificado.

A coordenadora de Humanização, Natacha Cardoso, explica que a proposta surgiu da percepção de que, apesar da integração institucional e do reconhecimento da humanização como um valor institucional, muitos profissionais desconhecem a profundidade dessa política. Segundo a profissional, o atendimento humanizado é erroneamente associado, exclusivamente, ao setor de Humanização que, no caso do oncológico infantil, representa um diferencial.

“Promovemos o bem-estar do usuário não apenas sob a ótica biológica e terapêutica, mas também integrando sua dimensão social e a interação com a equipe de saúde  e a família. Essa abordagem reflete a tricotomia do ser humano, considerando a importância do bem-estar do corpo, da mente e do espírito. Buscamos, assim, abranger todas as dimensões que completam o ser humano, incluindo a alma, através de tratamentos terapêuticos, a fim de proporcionar ao usuário e sua família a melhor experiência possível em nossa instituição, visando, em última análise, a cura”, destacou Natacha.

Os colaboradores aprenderam a respeito da Clínica Ampliada, que considera o indivíduo no contexto biopsicossocial e familiar, na corresponsabilidade, na autonomia e na construção compartilhada do tratamento. “Trouxemos curiosidades sobre projetos realizados, iniciativas que eles próprios executam, mas muitas vezes não reconhecem como parte dessa diretriz. A Clínica Ampliada nos convida a ir além do olhar restrito ao biológico e ao tratamento físico, ampliando a compreensão do cuidado para incluir o bem-estar, a socialização e a experiência integral do usuário”, explicou a coordenadora de humanização.

Essa abordagem faz parte da rotina do Hoiol, a exemplo da Classe Hospitalar, que garante o direito da criança à educação; as atividades lúdicas, que asseguram, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, o direito de brincar; e outros projetos importantes, como a Aprendizagem Criativa, entre diversas iniciativas que materializam  o cuidado mais amplo.

O técnico de enfermagem, Kaio Lobato, 25 anos, afirma que o treinamento sobre a Política de Humanização contribuiu para aprimorar a prática profissional e  o relacionamento com os pacientes. “Apesar de saber da existência da PNH, não sabia de que forma estava sendo aplicada dentro do hospital e dos projetos realizados pela equipe de Humanização. Mas percebi que faço parte disso e que estava contribuindo  com a implementação da política e com uma assistência cada vez melhor. Eu me senti bem e desejei melhorar ainda mais o atendimento oferecido aos pacientes”, disse Kaio.

A auxiliar de crianças autistas, Maria Gondin, 44 anos, acredita que as atividades fazem a diferença para os pacientes e as mães acompanhantes durante a hospitalização. “Quando a equipe entra com um brinquedinho, entrega uma palavra, realiza um evento musical ou uma contação de histórias, traz amparo e, ao mesmo tempo, felicidade às crianças. Eu já vivenciei isso e faz muita diferença tanto para meu filho quanto para mim, as crianças ficam felizes. Isso é muito importante para nós, mães, e para os pacientes, ter a equipe de Humanização presente conosco”, disse.

Texto: Leila Cruz - Ascom Hoiol