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HUMANIZAÇÃO

Hospital da Mulher do Pará lança projeto de acolhimento para familiares na UTI

Iniciativa promove escuta ativa e orientações de saúde, fortalecendo o cuidado humanizado e a participação dos acompanhantes na recuperação das pacientes

Por Helen Alves (HMPA)
03/12/2025 18h02

Um momento de acolhimento e escuta ativa, com base na humanização do cuidado. Essa é a proposta do projeto de grupo de acompanhantes de pacientes internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que foi desenvolvido pela equipe de Terapia Ocupacional do Hospital da Mulher do Pará (HMPA). O primeiro encontro ocorreu nesta quarta-feira (3) na sala de recepção da unidade de internação.

Os encontros ocorrerão mensalmente, sempre às quartas-feiras, com duração aproximada de trinta minutos com temáticas voltadas a orientações em saúde. A cada programação semanal, dois profissionais da equipe multiprofissional, entre dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais e psicólogos, conduziram as orientações com um tema específico.

Na estreia do projeto, a fisioterapeuta Clara Martins e a terapeuta ocupacional Isabel Rodrigues foram as mediadoras dessa edição. Elas apresentaram o projeto, explicaram sobre as normas e rotinas da UTI, destacando a importância da presença dos acompanhantes na recuperação dos seus familiares.

Coordenadora do serviço de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do hospital, Clara Martins salientou que o ambiente de UTI deixa os familiares das pacientes internadas receosos, mas destacou o poder transformador da escuta. “Muitos deles têm dúvidas, ficam preocupados, desolados e angustiados, porque ainda se tem a ideia de que é a UTI é o fim da linha e, na verdade, a  mostramos que a UTI é um ambiente de estabilização em que os profissionais aqui estão empenhados 24 horas na recuperação desses pacientes e que a gente tem uma equipe muito capacitada e que está pronta para atendê-los, solucionar esses problemas e também acolhê-los. Foi um momento bem marcante e uma troca muito boa”, contou a profissional.

Clara também reforçou que o projeto deve trazer efeitos positivos para todos os envolvidos. “Acredito que a extensão desse projeto, a efetivação do projeto em si, vai gerar muitos benefícios para a UTI, não só para fortalecer nossos laços de equipe profissional com os familiares que ficam aqui, já que a UTI é humanizada e permite essas companhias de 24 horas”, avaliou.

Para a terapeuta ocupacional Isabel Rodrigues, o olhar cuidadoso com as famílias é fundamental para a recuperação das pacientes. “São pacientes que estão graves, sendo algumas vindas de outros municípios do Estado com a família que precisa desse acolhimento, dessa orientação, porque os acompanhantes fazem parte do processo, são importantes aqui dentro tanto para nós como para a continuidade desse cuidado e, principalmente, para a paciente encontrar uma pessoa que ele tem afeto nesse cenário de cuidados”, disse Isabel.

Responsável técnica pela UTI, a médica Leila Rezeque enfatizou que o conceito de humanização é um eixo central da unidade. “É um orgulho estar trabalhando numa UTI que tem essa visão e já nasceu com essa proposta de paciente não ser número, cada caso é individualizado. A UTI é como se fosse o começo de tudo, o recomeço de uma nova vida para essas pessoas. Queremos mostrar o cuidado no pós-operatório, a importância de cuidar da higiene oral, da higiene íntima e envolver a família nesse processo. Quando a paciente deixa a UTI, é fundamental que eles saibam exatamente qual é a proposta terapêutica do seu familiar”, concluiu a médica.