Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
CAPACITAÇÃO

Emater celebra 60 anos com treinamento sobre práticas sustentáveis na produção de farinha

Ação no Centro de Treinamento Agroecológico de Bragança capacita universitários e destaca soluções como a Roça de Lenha e uso de biomassa para reduzir impactos ambientais

Por Governo do Pará (SECOM)
04/12/2025 17h59

Nesta quinta-feira (4), no Centro de Treinamento Agroecológico, Inovação Tecnológica e Pesquisa Aplicada do Nordeste Paraense (UDB) da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), na zona rural de Bragança, no nordeste paraense, 22 universitários participaram de uma capacitação intensiva sobre casas-de-farinha. 

No conceito, os alunos do quinto semestre do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) - polo Quatipuru, campus de Capitão-Poço - foram convidados para uma festa institucional: o momento integra a comemoração dos 60 anos da Emater, comemorados nessa quarta-feira (3), e do Dia Nacional do Extensionista Rural, a transcorrer neste sábado (6).

Dentro da programação da Semana Paraense da Extensão Rural, que a Emater promove em todo o Pará desde segunda-feira (1º) até sábado (6), as palestras detalharam a legislação vigente, no sentido de registro e operacionalização sob os critérios de produção artesanal e industrial, e soluções sustentáveis de bioenergia para o funcionamento das infraestruturas. 

Teoria da Roça de Lenha

“A 'Roça de Lenha' é um banco de lenha que a Emater está trabalhando com o fim de suprir a necessidade energética das casas-de-farinha de Bragança, porque, para cada tonelada de farinha torrada, consomem-se 2,4 metros cúbicos de lenha, então, é muita lenha. Nós nos preocupamos, como Emater, com a conservação do meio ambiente, haja vista a maioria da lenha usada nas casas-de-farinha vir do desmatamento ilegal. A 'Roça de Lenha', inclusive, também é uma alternativa para a produção de carvão”, explica o engenheiro agrônomo Adriano Fonseca, especialista em Educação do Campo.

O palestrante reforça as medidas de adaptação ecológica, inclusive com a substituição da madeira por matérias-primas como caroço de açaí, casca de coco, folhas e galhos. “Os agricultores fazem a roça de mandioca, no modelo de agricultura itinerante, aquela de corte e queima, e o primeiro resultado de um roçado da mandioca seria essa lenha: eles retiram essa lenha pra torrar a farinha e fazer carvão. A gente recomenda, além de uma maior eficiência do próprio forno: diminuir a boca, fazer chaminé, controlar a temperatura, para que se diminua a necessidade de lenha”, detalha. 

Agenda 

A agenda da UDB na Semana Paraense de Extensão Rural iniciou na quarta-feira (3), com uma teoria e prática sobre meliponicultura para seis famílias, que devem funcionar como replicadoras em suas comunidades, e encerrará nesta sexta-feira (5), com a entrega, para 40 agricultores, de certificados de um curso realizado este semestre sobre boas práticas de fabricação de polpa de frutas.

Na visão do engenheiro de pesca Leonardo Miranda, da UDB, os 60 anos da Emater merecem a valorização. “É sempre interessante imergir, divulgar e conectar nossas vivências como extensionistas às demandas e dinâmicas da sociedade civil como um todo. A ater [assistência técnica e extensão rural] pública é uma ferramenta de difusão tecnológica, desenvolvimento sustentável e preservação da Amazônia”, observa. 

Texto: Aline Miranda