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Parques estaduais com formações montanhosas valorizam biodiversidade, cultura e turismo sustentável no Pará

No Dia Internacional das Montanhas, áreas protegidas como as serras das Andorinhas e de Monte Alegre reforçam importância ecológica, histórica e econômica desses ecossistemas

Por Governo do Pará (SECOM)
11/12/2025 08h00

O Governo do Estado do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), destaca neste 11 de dezembro, Dia Internacional das Montanhas, a importância dos parques estaduais da Serra dos Martírios/Andorinhas, em São Geraldo do Araguaia, e de Monte Alegre, no Baixo Amazonas. Ambos são exemplos de áreas protegidas que aliam preservação ambiental, valorização histórica e incentivo ao ecoturismo e à geração de renda local.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar atenção global à relevância dos ecossistemas montanhosos, essenciais para a regulação climática, conservação da biodiversidade e memória geológica e cultural. No Pará, as formações montanhosas guardam registros milenares e abrigam riquezas naturais e arqueológicas de valor inestimável.

Ecoturismo e biodiversidade na Serra das Andorinhas

O Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas está localizado em uma região de transição entre a Floresta Amazônica e o Cerrado. De acordo com a gerente da Região Administrativa do Araguaia do Ideflor-Bio, Laís Mercedes, o parque cumpre papel fundamental na preservação da biodiversidade local e no fortalecimento do turismo de base comunitária.

“A Serra da Andorinhas forma um refúgio de biodiversidade, com espécies típicas dessa zona de transição, além de regular o microclima e proteger nascentes. Também tem grande valor cultural e histórico, por abrigar um dos maiores conjuntos de arte rupestre a céu aberto do Norte do Brasil. Oferece trilhas, cachoeiras, cavernas e sítios arqueológicos que podem ser visitados de forma sustentável, gerando renda para comunidades locais”, explicou.
 
Monte Alegre: história milenar da presença humana na Amazônia

No oeste paraense, o Parque Estadual de Monte Alegre abriga algumas das mais antigas evidências da ocupação humana na Pan-Amazônia. O condutor de trilhas da Gerência da Região Administrativa da Calha Norte I, Mazinho Brito, destaca a riqueza geológica e arqueológica da área.

“Nas serras do Bode, Ererê e Paytuna existem diversas grutas, cavernas e abrigos formados há milhões de anos, que serviram como moradia de povos primitivos. A Serra da Paytuna, por exemplo, guarda os registros mais antigos da passagem humana em nossa Amazônia. O sítio arqueológico de Monte Alegre tem cerca de 12 mil anos”, afirmou.
Mazinho ressalta que a visitação deve sempre ser feita com acompanhamento de condutor de trilhas credenciado, para garantir segurança e preservação dos patrimônios natural e cultural.

“A presença do condutor é essencial, pois conhecem as trilhas, os monumentos naturais e suas histórias. É fundamental respeitar o meio ambiente e os sítios arqueológicos, especialmente as pinturas rupestres”, reforçou.
 
Montanhismo e trilhas como atividades sustentáveis

Segundo Júlio Meyer, gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio e presidente da Rede Brasileira de Trilhas, o ecoturismo voltado ao montanhismo é uma das atividades mais promissoras dentro das unidades de conservação do Pará.

“As montanhas estão presentes em várias unidades de conservação estaduais, com destaque para Monte Alegre e a Serra das Andorinhas. O ecoturismo de montanha é uma atividade fundamental, que deve ser amplamente divulgada e valorizada como vetor de desenvolvimento sustentável”, enfatizou.

Serviço:
Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas
Município: São Geraldo do Araguaia

Parque Estadual de Monte Alegre
Município: Monte Alegre

Ambos estão abertos à visitação durante todo o ano. Mais informações: ideflorbio.pa.gov.br

Texto: Sinval Farias, com a supervisão de Vinícius Leal / Ascom Ideflor-Bio