Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

Natea da Policlínica Carajás promove treinamento para pais em Marabá

Iniciativa oferece orientações práticas para lidar com desafios do desenvolvimento infantil

Por Governo do Pará (SECOM)
17/12/2025 11h27

O Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea) da Policlínica Carajás Miguel Chamon, em Marabá, sudeste do estado, vem realizando treinamentos parentais voltados à capacitação de pais e responsáveis de crianças com autismo e com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A iniciativa oferece ferramentas práticas para lidar, no cotidiano, com os desafios do desenvolvimento e do comportamento infantil.
 
Os encontros funcionam como espaços de escuta, troca de experiências e aprendizado, onde os pais passam a compreender melhor as necessidades dos filhos e a se sentir mais seguros diante das dificuldades. Mais do que teoria, o treinamento apresenta orientações aplicáveis à rotina familiar, contribuindo para o fortalecimento dos vínculos, a redução de conflitos e o estímulo ao desenvolvimento das crianças de forma consciente e acolhedora.
 
Segundo o diretor executivo da Policlínica, Joabe Lopes, a ação reafirma o compromisso da unidade com um modelo de atenção integral. “O Natea cumpre um papel fundamental ao acolher não apenas a criança, mas toda a família. Quando capacitamos os pais, ampliamos o cuidado para dentro de casa, garantindo mais qualidade de vida e melhores condições de desenvolvimento para essas crianças”, destacou.
 

Voz de quem vive o desafio todos os dias
 
Moradora de Marabá, na região de Carajás, Raimunda Carvalho, mãe do pequeno Júlio Saymon, de 7 anos, conta que o treinamento transformou sua forma de lidar com o filho. “A gente aprende a ter paciência e entende que cada comportamento tem motivo. Aqui eu aprendi como agir, como falar e como ajudar meu filho sem brigar ou me desesperar”, relatou.
 
Sentimento semelhante é compartilhado por Eliene Lima, também moradora de Marabá e mãe de Isabelly Diniz, de 6 anos. Para ela, as orientações trouxeram segurança e esperança. “Antes me sentia perdida, sem saber se estava fazendo certo. Hoje me sinto mais preparada e confiante. A gente percebe que não está sozinha e que nossos filhos podem evoluir muito”, afirmou.
 
Gerenciado pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Natea reforça a importância do envolvimento da família no cuidado e no desenvolvimento das crianças com autismo e TDAH.
 

Orientação que gera transformação
 
O enfermeiro Cláudio Júnior Carvalho, especialista do Natea, explica que o treinamento parental é uma ferramenta estratégica no acompanhamento das crianças. “Quando os pais compreendem o transtorno e aprendem estratégias adequadas, o desenvolvimento acontece de forma mais equilibrada. A família passa a ser parte ativa do tratamento, o que potencializa os resultados e melhora o comportamento e a socialização”, destacou.
 
O profissional acrescenta que a participação dos pais é decisiva para a evolução das crianças. “Quando a família caminha junto com a equipe multiprofissional, a criança se sente mais segura, evolui melhor e conquista mais autonomia. O cuidado não termina na consulta, ele continua em casa, todos os dias”, reforçou Cláudio.
 
Ana Mesquita, coordenadora do Natea, destaca que iniciativas como o treinamento parental reforçam o compromisso da unidade com um cuidado infantil. “Quando orientamos os pais, estamos fortalecendo toda a rede de apoio da criança. A família passa a compreender melhor o desenvolvimento, ganha segurança no dia a dia e se torna parte fundamental desse processo. É assim que construímos um cuidado mais humano, acolhedor e cheio de possibilidades”, afirmou.
 
Como acessar o serviço - Para ter acesso ao atendimento do Natea, as famílias devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município onde residem. Após a primeira avaliação, o caso é encaminhado à Central de Regulação Municipal e, em seguida, ao Sistema Estadual de Regulação (SER), que direciona o paciente de acordo com o perfil clínico identificado.