Primeiro dia do FPMAC destaca transparência e reúne setores para discutir soluções climáticas no Pará
O primeiro dia de programação do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC), iniciado nesta quarta-feira (17), reuniu gestores públicos, especialistas, representantes da sociedade civil, setor produtivo e instituições de ensino para discutir os principais avanços e desafios da política climática estadual. Promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), o evento reforçou o papel do Pará como protagonista na agenda climática amazônica.
A abertura do fórum marcou o início de uma programação voltada à apresentação de políticas públicas estruturantes e experiências que vêm consolidando o Estado na transição para uma economia de baixo carbono.
No período da tarde, os debates avançaram sobre temas estratégicos para o desenvolvimento sustentável do Pará. O painel sobre o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia evidenciou o potencial do Estado na geração de soluções sustentáveis a partir da biodiversidade, enquanto a discussão sobre Avanço Territorial Sustentável e Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) reforçou instrumentos econômicos voltados à valorização da floresta viva, dos produtores e do desenvolvimento socioeconômico sustentável.
A programação também apresentou resultados e perspectivas para a redução de emissões no setor agropecuário, debateu os caminhos para a gestão da biodiversidade no Pará, as discussões jurídicas envolvendo o mercado de carbono e o papel da regularização fundiária para o equilíbrio climático, temas considerados centrais para a consolidação das políticas ambientais e climáticas do Estado.
A secretária adjunta de Gestão de Águas e Clima da Semas, Renata Nobre, ressaltou que o FPMAC é um espaço estratégico para dar transparência às ações do Estado. “O Fórum permite apresentar o que o Pará vem construindo na agenda climática e, ao mesmo tempo, ouvir diferentes setores da sociedade. Nosso foco é avançar na neutralidade climática, reduzir emissões e ampliar investimentos em adaptação, especialmente em ações relacionadas ao uso da terra, florestas e ao desenvolvimento socioeconômico”, afirmou.
A participação da população também marcou o primeiro dia do evento. Para a professora da rede pública estadual e autora do projeto Encontro de Estudos Amazônicos, Maria Helena Souza, o fórum amplia o diálogo entre as ações do governo e o ambiente escolar.
“Avalio o Fórum como um espaço fundamental de diálogo, troca de experiências e construção coletiva. É um momento em que o Estado apresenta o trabalho que vem sendo desenvolvido no campo ambiental, permitindo que nós, educadores, possamos observar essas ações e refletir sobre como elas se conectam com os projetos desenvolvidos nas escolas, especialmente na área da bioeconomia”, destacou.
A programação do fórum segue nesta quinta-feira (18), com debates sobre combate a incêndios florestais, adaptação climática, governança participativa, bioeconomia e recuperação da vegetação nativa. Ainda é possível participar do evento por meio de inscrição presencial no local.
